Amar é sopro leve em brisa quente,
é chama oculta e fogo persistente,
é rio manso que corre sem parar,
é tempestade pronta a se acalmar.
É dar-se inteiro, sem medir o ganho,
plantar no outro um sonho, um estranho,
e ver nascer, na terra do cuidado,
um fruto doce, puro e abençoado.
Amar é rir no riso que não é seu,
chorar na dor que o outro recebeu,
é ser presença em horas de escassez,
ser companheiro, firme, toda vez.
É arte rara, dom que não se ensina,
é vinho forte em taça cristalina,
é mel que adoça a boca do viver,
é sal que dá sentido ao padecer.
Amar é ponte erguida em meio ao abismo,
é luz que guia os pés no pessimismo,
é mão estendida em meio à solidão,
é paz que floresce dentro do coração.
Não é prisão, mas voo que liberta,
não é clausura, é porta sempre aberta,
é mais que carne, impulso ou desejo,
é o infinito expresso em um só beijo.
Amar é tempo, é gesto, é esperança,
é ser adulto e ainda ser criança,
é ver no erro a chance de aprender,
é recomeçar sem nunca se perder.
É dividir o pouco e ainda ser rico,
é transformar deserto em paraíso,
é tecer junto a trama da existência,
com fé, coragem, entrega e paciência.
Amar é dádiva, chama, plenitude,
é poesia viva em atitude,
é a oração mais pura e verdadeira,
a voz da alma, eterna e derradeira.
E quem descobre o dom de assim amar,
já não deseja nunca mais parar de se entregar,
pois vê no outro um mundo a florescer,
e em si a vida pronta a renascer.
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