O Diário hoje vem trazendo um “curta” que diz muita coisa.
Todos os dias pela manhã eu preparo o café dos meninos! Uma vitamina de frutas com um pouco de cuzcuz ou uma tapioca… ou um pão na hora da pressa.
Na hora de oferecer a vitamina eu já ia confundindo as garrafas e dando ao mais novo a garrafa do mais velho que sempre vai com alguns remédios!
Mas antes que o pequeno tomasse um gole eu rapidamente troquei e avisei:
Filho, não beba esse! É do seu irmão! Está com remédio!
Ele: Ah tá bom mãe! Dá pra ele então para ele ficar bom! Para ele “falar”!
Não sei dizer o que senti ao ouvir isso! O fato do dele ter associado os remédios a esperança de que o irmão mais velho fale!
E em outros momentos já reparei que o pequeno, mesmo não entendendo porque o irmão só fala algumas palavras e com alguma dificuldade, se sente feliz com as poucas vezes em que ouve uma resposta.
Como por exemplo, as vezes o pequeno pergunta: Quer suco?! e ele responde: “Qué” do jeitinho dele. E na primeira vez que isso aconteceu o mais novo comemorou e veio até a mim dizendo:
Viu, mamãe, ele me respondeu! Ele falou!
Acredito que se tem alguma mãe atípica leitora aqui, deve saber como esses “pequenos” lapsos nos deixa feliz!
Enfim eu procuro sempre explicar para o mais novo que o irmão tem esse jeitinho diferente mas que está tudo bem! Não preciso dizer: Seu irmão é autista, pelo menos não nesse momento. Mas deixo claro as diferenças e dificuldades. Digo a ele que como irmão deve ajudá-lo. Ele se sente importante e age como tal!
E eu, como mãe, sigo nos desafios desse espectro faceiro que sempre me acompanhará…
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Josileine Pessoa F Gonçalves
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