Os pés pelas mãos – Parte II
O relato de hoje é sobre um hiperfoco que começa fofo, mas, como tudo em excesso, uma hora se desgasta. Nem sempre a mãe está com disposição e ânimo para ceder os pés. Nós havíamos acabado de acordar e eu ainda estava em processo de despertar. O meu pé, que já não me pertence mais, tinha que estar disponível. Porém, em um outro momento em que eu cedi, ele feriu o meu dedo com a unha que estava grande. Aliás a unha é outro processo que só acontece através de “suborno”. Então, com o dedo cortado, eu neguei mesmo sabendo que para ele é quase que incontrolável a rotina de entrelaçar os dedos nos meus.
Isso foi o suficiente para provocar uma crise em que no fim acabei machucando muito mais do que o pé, numa dor que foi além da dor física.
Parece incrível descrever uma crise por conta de uma vontade de mexer num pé. Mas no espectro-universo tudo é possível.
Confesso que os últimos tempos não tem sido fáceis com todas as mudanças que fomos obrigados a fazer. Isso mexeu com os ânimos, alterou rotina e aí de repente tudo explode e acabamos colocando os pés pelas mãos sem perceber…
Josileine Pessoa
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