A vida é um fio de água que nasce discreto,
entre pedras duras, quase despercebido.
Corre, tropeça, se perde no tempo,
mas sempre encontra o seu leito escondido.
É ponte entre o instante e a eternidade,
entre a lembrança e o sonho por vir.
Um sopro breve, mas cheio de intensidade,
um silêncio que insiste em nos redescobrir.
O propósito não é um mapa fechado,
nem um destino fixo a alcançar.
É chama que arde no peito calado,
é o simples desejo de continuar.
Viver é erguer-se após cada queda,
é colher o fruto e semear de novo.
É saber que o tempo não nos espera,
porém nos chama a ser parte do todo.
O sentido se esconde nas coisas pequenas:
na palavra amiga, no pão repartido,
na mão estendida a quem nada mais tinha,
no olhar que consola um coração ferido.
Não é coroado de ouro ou vaidade,
não se mede em fama, riqueza ou poder.
Mas brilha em quem planta com humildade
a semente eterna do verbo viver.
A vida é caminho, e nunca prisão,
é dança entre o caos e a harmonia.
É aprender, no fundo do coração,
que o propósito maior é semear alegria.
E quando enfim o corpo cansar,
e a terra acolher nossa última lida,
saberemos que o real significado
foi ter amado
e assim dado sentido à vida.
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