Esse texto foi escrito há pouco mais de dois anos, porém seu contexto ainda persiste. E neste caso recente, diferente deste poema, mãe não vai sozinha.
O Diário de um espectro chamado mãe
hoje se abre com uma nota de pesar
sobre aquela que entitularam ‘guerreira’
mas não recebeu armas para lutar
Mesmo assim ela lutou bastante
por várias vezes as forças perdeu
sem se render por um instante
caiu, levantou e se fortaleceu
Munida de muita paciência e amor
seguiu escondendo suas cicatrizes
mas tomada pela profunda dor
foi perdendo suas diretrizes
Ela, por completo, vem a se entregar
até parar a dor, não queria que fosse assim
e sem motivos para continuar,
desceu o corpo e subiu a alma enfim…
O filho espectro sem nem saber
perde, na luta, o seu maior escudo
e sem nem saber se defender
tem que seguir por esse mundo escuro
Josileine Pessoa Ferreira Gonçalves
29 de Março de 2023
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