A voz calada em mim, ecoa quando escrevo.
Há coisas não vividas, histórias contidas
Eu, em mim, não me atrevo
A falar, a expressar, só de pensar
Me dá um nó, volto ao pó, a me frustrar.
Dentro, um mundo de possibilidades,
Mas, quer saber a verdade?
O medo de estar devaneando
Não permite falar, apenas observar,
Será que fora há a mesma dificuldade?
Respiro, me calo, me retiro,
Um passo em falso e voilà:
Fragmentos de um delírio
Surgindo a indagação em forma de suspiro:
Será?
Meta: Expressar, falar, dizer
Fato: Engolir, fingir, me esconder
Me retrair, fugir, me corroer,
E enfim, reagir, externar, escrever.
Volto a ser menina, travessa,
Olhando o mundo de ponta cabeça
Sem a certeza de que é real
Ou pensamento de um desejo
De ser pontual, o que de ponta cabeça eu vejo.


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