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Encontros pelas noites

Tinham encontros pelas noites, demorados como recíprocos beijos deveriam ser por constantes. Sentiam que já tinham ido longe demais nas vezes anteriores, o que não os inibia pela repetição em procura da riqueza novidade que faria par ainda mais feliz. A demora referia-se ao muito que havia sempre por admirar e partilhar, quando o ajuizado seria evidente rapidez a ter seu momento. Mas não conseguiam, tempo era desfrutado com intensidade, sempre em diferentes casas, nunca a mesma, o tanto que existia à envolvência para tornar cada instante, sem dúvida alguma, memorável. Dessa vez por assinalado concreto, pretendiam fazer algo inédito, nunca antes feito em conjunto, o encher baús todos levados de recordações, assim mesmo vistas quando futuro chegasse, onde aquele especial dia, jamais seria esquecido. E até estava a correr muito bem, tudo no certo acondicionado por cada vistoso baú, excepto quando chegaram ao último para ser repleto de belas preciosidades e respectivo parceiro compatível não conhecia maneira de ser revelado, obviamente referindo o imponente cofre sem ajustados meios para ser aberto. Barulho era tanto, revirando o tal feito difícil em triunfante abertura que por boa escolhida ideia, resolveram antecipar saída, antes de chamarem atenções menos desejadas. Carregaram baús devidamente prontos até furioso impaciente automóvel, sentindo ao longe tão ruidosas sirenes, certamente policiais com sede de justiça, a provocarem fuga pedonal no imediato, até onde lhes fosse possível. Jardim acolhedor disse-lhes que sim, qual casal de namorados em românticas atitudes demoradas, o que não levantou mínimas dúvidas às numerosas autoridades, na breve passagem que por ali deram. Mais à frente, alguns policiais agentes enfim derrotados por falharem encontro nocturno, talvez por um mero triz, perante incógnitos assaltantes, regressaram ao jardim com a pergunta mais do que previsível, se teriam observado alguém ligeiramente suspeito pelas redondezas. A total certeza respondida que não, apenas embaraçoso incómodo ao estarem a mal importunar casal de namoro em ternura, no seu recanto de acariciada riqueza tão preciosa, naturalmente celebrada a bom preceito com beijos do romantismo mais infindável que se pudesse imaginar.


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Criada em 2020 pelo professor e poeta Renato Cardoso, a Revista Entre Poetas & Poesias é um periódico digital dedicado à valorização da literatura e da arte em suas múltiplas expressões. Mais que uma revista, é um espaço de conexão entre leitores e autores, entre a sensibilidade poética e a reflexão cotidiana.

Registrada sob o ISSN 2764-2402, a revista é totalmente eletrônica e acessível, com publicações regulares que abrangem poesia escrita e falada, crônicas, ensaios, entrevistas, ilustrações e outras formas de expressão artística. Seu objetivo é tornar a arte acessível, difundindo-a por todo o Brasil e além de suas fronteiras.

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