Margarete Amaral é dessas autoras que entrelaçam palavras com sensibilidade e propósito. Nascida no Rio de Janeiro, com formação em Direito, e especializações em Arteterapia e Biblioterapia — inclusive com foco no público infantil — e em Letras (Português e Literatura), ela faz da literatura um campo fértil para o autoconhecimento e a empatia.

Sua trajetória é marcada por uma escuta atenta das emoções humanas, e isso transparece em cada obra que cria. A autora entende a arte como instrumento de transformação e acolhimento, uma porta que se abre tanto para a criança quanto para o adulto que ainda habita dentro de nós. Seus livros são mais que histórias: são convites à reflexão, ao diálogo e à cura simbólica através da palavra.
Em “A Garrafa e a Rolha”, Margarete propõe uma metáfora poderosa sobre opressão e silêncio. Quem é o leitor — a rolha que impede o fluxo ou a garrafa que guarda tudo dentro? A narrativa, com um tom leve e lúdico, conduz crianças e adultos a pensarem sobre os papéis que ocupam nas relações e sobre como alternamos entre sufocar e ser sufocados.
“A Menina do Pé Preto” é uma história delicada sobre identidade, bullying e aceitação. Com imaginação e lirismo, a autora fala sobre o desconforto com o que nos torna únicos — ou diferentes. Ana e Jorginho são personagens que carregam no corpo (e no nome) um símbolo potente das desigualdades e das superações possíveis. Um pé preto, um pé branco, e a metáfora se expande: é literal e simbólica, como tudo que é potente na literatura.
No conto de fadas “O Homem do Castelo”, Margarete mergulha nas dinâmicas afetivas. Aqui, a fantasia serve como cenário para um tema muito real: os relacionamentos desequilibrados. Em castelos de solidão, onde se doa mais do que se recebe, o amor vai se esvaziando. É uma narrativa que toca adultos, educadores, casais, irmãos — qualquer um que já tenha experimentado os desafios de um vínculo não recíproco.
Margarete Amaral acredita na literatura como mediadora de sentidos. Com uma escrita acessível, poética e profundamente simbólica, seus livros transbordam a função estética para assumir também um papel terapêutico. Para ela, a arte — seja através do texto, da leitura ou da mediação — deve convidar o leitor a se olhar, a se ouvir e, acima de tudo, a se transformar.
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