Vejo todos os dias pessoas, das mais variadas faixas etárias, no barzinho da esquina. Idosos, adultos e jovens. Todos bebem, alguns fumam, e sempre se divertem.
A bebida consumida moderadamente é virtude da alma. Quem diz não sou eu, mas Eclesiástico. É bíblico. Se eu bebo? Claro que não! Já fui desses de pegar uma tamborete de madeira, pedir uma cerveja gelada num verão escaldante e jogar conversa fora.
Isso é uma distração da rotina exaustiva. O povo bebe, conversa, canta e dança. Principalmente, diverte-se. Ouvindo um sertanejo à moda antiga, não Chopin ou Bach. Sinfonia interiorana para os ouvidos, o modão.
Os jovens, depois de estudarem e trabalharem, vão ao botequim após a faculdade. A juventude tem dessas coisas: viver intensamente sem as preocupações vindouras.
Os idosos, por outro lado, já estão aposentados. Não possuem preocupações do amanhã, pois já foram jovens. Apenas aproveitam a pequena parcela de vida que sobra.
Os bares estão lotados, cheirando a álcool, tabaco e o aroma do campo com o Xitãozinho e Xororó tocando na caixa de som. O gosto do álcool na boca, agridoce, é virtude acalentadora dos homens cansados.
Não vou a bares. Ambiente esse que não me agrada. Todavia, a alegria do barzinho da esquina, com cerveja barata e música de interior… É contagiante.


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