No cruzamento entre o afeto, a infância e a natureza, cresce a obra de Luciene Cardoso Prado. Nascida em Niterói, no dia 31 de outubro de 1967, a escritora, pedagoga, arte-educadora e ilustradora construiu uma trajetória onde palavra e imagem germinam com delicadeza e profundidade. Sua arte dialoga com o ciclo da vida, com o tempo das sementes, com o olhar sensível das crianças — e com o desejo de um mundo mais sustentável e afetivo.

Graduada em Pedagogia (UFF), Artes Visuais (UFRJ), pós-graduada em Arte-Educação (Universo-Niterói) e em Literatura Infantil e Juvenil (UCS-SC), Luciene soma também estudos em escrita criativa e livro ilustrado por instituições como a Estação das Letras (RJ) e A Casa Tombada (SP). Como professora da rede pública e fundadora da Arte Escola Beija-Flor, ela semeou caminhos criativos e afetivos na formação de crianças e educadores, sempre com a infância no centro de seu fazer pedagógico.
Arte, ecologia e infância: uma poética da natureza
Entusiasta de um estilo de vida saudável e conectado à terra, Luciene transforma a natureza em matéria-prima e inspiração. Seus livros — que ela mesma ilustra com resíduos vegetais, fibras naturais e pigmentos — são verdadeiros jardins literários. Obras como “Em Raiz Cresce o que Planta o Coração” (2008), “Íris e Vida – Menina e boneca de sementes germinadas” (2012/2024), “Como se Passarinho Fosse” (2017/2ª ed. 2021) e “Esta Flor Esta” (2025, edição artesanal) revelam uma escrita que escuta o mundo natural e reverbera sensibilidade.
Com esses títulos, Luciene tem encantado leitores em eventos literários e ecológicos por todo o Brasil, sempre incentivando um olhar poético e ecológico sobre o mundo. Como artista literária, sua presença é constante em projetos culturais de destaque, como a Bienal do Livro do Rio, a FLIM, FLISGO, FLIR, FLINIT, FLIP, FLICA, FLIPOÇOS, entre outras.
Oficinas com sementes e palavras que brotam da alma
Além da escrita, Luciene desenvolve oficinas de criação artística com materiais da natureza, chamadas “Imagine com Sementes”, onde crianças e adultos exploram fibras, pigmentos e sementes como expressão criativa. Também realiza contações de histórias ecoliterárias, propondo o encantamento pela terra e pela vida por meio de narrativas que brotam da simplicidade e do respeito pela natureza.
Seu projeto “Como se Passarinho Fosse”, realizado com apoio do Edital Retomada Cultural da SECEC-RJ (2021), e mais recentemente o projeto “Esta Flor Esta”, contemplado pelo Edital Paulo Gustavo (2024), evidenciam sua atuação como agente cultural comprometida com práticas sustentáveis e poéticas.
Luciene também participou de ações relevantes como o Cultura nas Redes 2 (2022), o Paixão de Ler (2019-2021), e o programa “Eu Faço Cultura” (2020), que promove o acesso a livros através da Lei Rouanet.
Uma trajetória viva e em movimento
O trabalho de Luciene transita por bibliotecas públicas, escolas, centros culturais e festivais, sempre com o mesmo propósito: cultivar a sensibilidade, o respeito à infância e o diálogo com a terra. De 2008 a 2025, ela foi autora convidada em diversos projetos, como o Salão da Leitura de Niterói e São Gonçalo, Poesia no Parque (RJ), Biblioteca Parque RJ, entre outros.
Sua presença constante nas feiras e festas literárias do país, especialmente as com pegada ecológica ou voltadas à infância, consolidam Luciene como uma artista essencial em nosso tempo: alguém que conjuga criação, natureza e educação com ternura e firmeza.
Entre raízes e asas: a escritora que planta afeto
Luciene é uma semeadora. Com as mãos sujas de tinta vegetal e o coração repleto de histórias, ela segue acreditando que é possível transformar o mundo com arte, palavras e afeto. Suas páginas, como sementes lançadas ao vento, germinam em leitores de todas as idades o encantamento por uma infância viva, poética e conectada com o planeta.
Literatura viva: a natureza que pulsa nas obras de Luciene Cardoso Prado
Na poética de Luciene Prado, cada livro é mais do que um objeto — é um organismo vivo. Suas obras se abrem como flores, como sementes que germinam saberes, como brinquedos da infância que carregam cheiro de quintal e som de passarinhos. Com criações artesanais e profundamente simbólicas, a autora transforma o ato de ler em uma experiência sensorial, acessível e integradora.
“Esta Flor Esta”: um livro para tocar, ver, cheirar e sentir
Lançado em 2025 com patrocínio da Lei Paulo Gustavo de São Gonçalo, Esta Flor Esta é uma obra artesanal e sensorial que reinventa o modo como se interage com o livro. Feito com papel de fibras vegetais, resíduos de cozinha e pigmentos naturais, ele convida leitores de todas as idades para uma jornada poética e táctil pela floresta — ou melhor, pela FlorEsta.
O poema brinca com a fusão entre “flor” e “floresta”, revelando a natureza como metáfora da existência humana. As páginas são recheadas de folhas reais, sementes e janelas pop-up, compondo uma leitura que pode ser tocada, cheirada, ouvida e vista. Além disso, a obra possui acessibilidade em Braille, LIBRAS, audiodescrição e legenda descritiva, firmando o compromisso de Luciene com uma literatura para todos.
“Como se Passarinho Fosse”: o voo livre da infância
Neste livro encantador, o quintal da infância é o palco da liberdade criativa. Um menino encontra no vento, no ninho e na música os caminhos para voar — com o corpo e com a alma. Como se Passarinho Fosse é uma ode ao brincar livre e à imaginação como força vital.
Com ilustrações feitas de sementes, gravetos e fibras, o livro oferece mais do que palavras: traz uma canção autoral, partitura e tabulação para flauta doce, incentivando o leitor a se tornar também um músico. Através de QR Code, há acesso à história em LIBRAS, audiodescrição e até ao plantio do marcador de página em papel semente, que transforma a leitura em ato ecológico e participativo.
“Íris e Vida”: sementes, olhos e sabedoria ancestral
A mais sensível de suas criações, Íris e Vida nos apresenta uma menina apaixonada por sementes — seres pequenos que carregam o mundo em potência. Ao lado do irmão Gabriel, Íris vive uma infância de encantamento, criação e cuidado com a vida vegetal.
A história aborda ancestralidade, ecologia, arte manual e escuta da natureza com lirismo e delicadeza. Sua mãe, Aurora, artesã de bonecas aromáticas, inspira a menina a criar Vida, uma boneca de sementes, com olhos de girassol. O final é arrebatador: Íris recita o poema “Hum-Mano”, escrito por Luciene aos 17 anos, como um chamado à irmandade entre todos os seres da natureza.
A literatura como semente de transformação
Cada obra de Luciene é um gesto de amor à terra e à infância. Com linguagem poética e acessível, suas histórias promovem uma experiência estética e ética. Não é apenas sobre contar histórias — é sobre ensinar a escutar o mundo com os sentidos abertos.
Seus livros são artefatos vivos: plantáveis, tocáveis, cantáveis e recitáveis. Cada página é um convite à imaginação ecológica, onde o leitor não apenas consome, mas participa da criação. Entre sementes, papéis orgânicos, melodias e afeto, Luciene nos ensina que ler também é semear.
Para conhecer mais e adquirir seus livros:
WhatsApp: (21) 99199-0895
E-mail: lucieneescritora@gmail.com
Instagram: @luciene.prado.77
Facebook: Semente Sempre Viva


Deixe um comentário