Vivemos em um tempo em que os índices de burnout crescem em paralelo com as exigências do mercado. O que antes era apenas um “luxo” – estar feliz no trabalho – hoje se revela como um imperativo estratégico e humano. Como administrador e pesquisador da área de Gestão da Qualidade e Clima Organizacional, defendo com convicção que a felicidade no ambiente de trabalho deve ser prioridade nas organizações. E não falo isso apenas por intuição, mas apoiado em evidências científicas sólidas.
O professor Robert Waldinger, diretor do mais longo estudo sobre felicidade já realizado – o Harvard Study of Adult Development – afirma com clareza: relacionamentos saudáveis e a qualidade das conexões humanas estão entre os principais determinantes de uma vida longa e plena. Quando transportamos essa verdade para o mundo corporativo, nos deparamos com uma questão crucial: que tipo de relações estamos incentivando dentro das empresas?
Ambientes tóxicos, competitividade desenfreada e liderança autoritária comprometem não apenas o bem-estar, mas também a produtividade e a criatividade. A ciência mostra que pessoas felizes são mais engajadas, mais colaborativas e entregam melhores resultados. O psicólogo Shawn Achor, autor de O Jeito Harvard de Ser Feliz, reforça isso ao afirmar que a felicidade não é o resultado do sucesso, mas sim a causa dele. Em outras palavras: colaboradores felizes não são felizes porque têm sucesso — eles têm sucesso porque são felizes. Se sabemos disso, por que ainda encontramos tantas organizações resistentes a promover o bem-estar de seus times? A resposta talvez esteja em uma visão ultrapassada de gestão, que ignora o valor intangível das emoções no ambiente de trabalho. Precisamos abandonar a lógica do “apenas números” e entender que pessoas felizes constroem empresas mais sustentáveis, inovadoras e humanas.
Não se trata de criar um ambiente artificialmente “alegre”, mas de cultivar um espaço onde as pessoas se sintam respeitadas, ouvidas e valorizadas. Isso envolve práticas concretas: horários flexíveis, incentivo à saúde mental, momentos de escuta, reconhecimento sincero e uma liderança empática.
Convido você, leitor, a refletir: qual é o nível de felicidade que você percebe no seu trabalho hoje? E mais importante ainda: o que você tem feito para cultivá-la em sua equipe ou ambiente profissional?
A felicidade no trabalho não é uma utopia. É uma construção diária, feita de pequenas decisões e grandes compromissos. E quanto mais cedo compreendermos isso, mais preparados estaremos para criar organizações que prosperam com propósito e humanidade.
(Esse texto é de Fabrício Ribeiro, Ph.D h.c em Empreendedorismo pelo International Institute of Business Management & Research Technology, Doutor h.c em Administração de Empresas pela Logos University International, Mestre em Gestão Empresarial pela City University, Bacharel em Administração pela Universidade Federal de Goiás, com MBA em Gestão de Projetos pela USP (em andamento), MBA em Administração de Empresas e MBA em Gestão da Qualidade e Processos. Bacharel em Ciências Econômicas pela UniCV (andamento). CEO da Ribeiro Corporation, Fundador da Revista do Administrador, Conselheiro do CRA-GO e Diretor da ACIEG Jovem. Membro Associado da Harvard Alumni Entrepreneurs, Autor dos Livros: Seja o Administrador da sua História e Felicidade no Trabalho. Recebeu em 2024 uma Citation em Administração pela The Commonwealth of Massacusetts, Boston – USA. Foi também, Pesquisador Científico pela PUC GOIÁS e é Especialista em Felicidade Corporativa. Contato: fabricio.ribeiro@crago.adm.br. CRA-GO: 18340.)
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