Nem sempre as palavras são suficientes. Há sentimentos que não cabem em frases, dores que não encontram verbo, e amores que só se revelam em cor. É aí que entra o artista plástico — esse tradutor de silêncios, esse escultor de verdades invisíveis.
No dia 8 de maio, celebramos o Dia do Artista Plástico, data escolhida para homenagear o nascimento de José Ferraz de Almeida Júnior, o pintor que trocou as molduras da elite europeia pelas cenas do Brasil real: caipiras, paisagens, gestos cotidianos. Um artista que teve coragem de pintar o país como ele era — e não como esperavam que fosse.
Mas a arte não parou na tela dele. Ela ganhou ruas, corpos, muros, galpões e escolas. Hoje, o artista plástico não é apenas aquele que expõe em museus. É também o que transforma um beco esquecido em galeria a céu aberto. O que pega sucata e cria escultura. O que vê beleza no banal, no que foi descartado, no que ninguém mais olha.
Nesse dia, não celebramos apenas a técnica — mas a coragem de sentir fundo e compartilhar. Celebramos quem vive da forma mais nobre: criando. Quem ousa mostrar que a arte é necessária como pão, como abrigo, como afeto.


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