Dizem por aí que a matemática é fria, dura, insensível. Que é feita de fórmulas, cálculos e provas difíceis. Que mora no canto esquerdo do cérebro, longe do coração.
Mas quem já cruzou com Malba Tahan sabe: matemática também pode ser poesia. Pode ter cheiro de deserto, cor de tapete oriental, som de mercado árabe e enigma de sultão.
O Dia Nacional da Matemática, celebrado no 6 de maio, nos convida a olhar para a disciplina com outros olhos — olhos de criança curiosa, de leitor de aventuras, de quem enxerga no raciocínio lógico uma porta para mundos invisíveis.
Malba Tahan, pseudônimo do brasileiro Júlio César de Mello e Souza, foi mais que um escritor. Foi um mago dos números. Um contador de histórias que escondia álgebra em meio a camelos, equações sob turbantes, e frações dentro de contos fascinantes. Seu livro mais famoso, Matemática divertida e curiosa, não ensina apenas a calcular. Ensina a imaginar, a pensar, a viajar.
Quantas vezes nos disseram que “não éramos bons com números”? Quantas vezes a matemática foi sinônimo de medo, e não de descoberta? A proposta dessa data é virar o jogo. É mostrar que aprender matemática não é decorar, é compreender. É perceber que cada número carrega uma história — às vezes de comércio, às vezes de construção, às vezes de afeto.
Hoje, no Dia Nacional da Matemática, que tal lembrar que por trás de todo problema há uma solução… e por trás de toda solução, pode haver beleza?
Como diria Galileu Galilei:
“A matemática é o alfabeto com o qual Deus escreveu o universo.”
Galileu Galilei
E talvez, só talvez… ela seja também uma forma secreta de escrever poesia.


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