Coisas que olhamos e não ligamos,
para vocês são um martírio à alma,
pedaços de silêncio que carregamos,
marcas invisíveis que o coração não acalma.
O que é negligenciado por tantos,
nos sufoca em profundos desencantos,
e o que se ignora, cresce como o vento,
devastando em silêncio o pensamento.
Quando se tem repressão, não há respeito,
há um peso que esmaga o peito,
paredes erguem-se onde deveria haver
pontes, que o medo impede de nascer.
O gesto simples, o grito contido,
a palavra que nunca chega ao ouvido,
são ecos perdidos em um mar de tormenta,
onde o desejo de ser livre se sustenta.
Mostrar conquistas e acharem afronta,
é carregar no peito o peso da luta tonta,
é ser luz em meio a sombras frias,
onde o sucesso desafia as covardias.
Cada vitória, um grito, uma existência,
resistência contra a sombra da indiferença,
pois viver é, por si, uma afronta constante,
quando o brilho se faz incômodo e distante.
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