Há quem pense que criatividade é dom de artista. Que mora só nas telas pintadas, nos livros escritos, nas músicas compostas. Mas a verdade é que ela habita todos nós — silenciosa, inquieta, esperando um espaço para florescer.
Foi com essa certeza de que a criatividade não é luxo, mas necessidade, que a ONU escolheu o dia 21 de abril como o Dia Mundial da Criatividade e Inovação. A ideia é lembrar ao mundo que pensar diferente, propor novas soluções e imaginar outros futuros é o que nos mantém vivos, conectados e em movimento.
Hoje, mais do que nunca, o mundo precisa de ideias novas. Para curar feridas antigas, para enfrentar desafios urgentes, para construir pontes onde há muros. A criatividade não é apenas uma faísca de inspiração — ela é ferramenta de transformação.
Quando olhamos para as indústrias criativas — cinema, música, literatura, design, artes visuais, mídias digitais — vemos não apenas arte, mas também trabalho, renda, oportunidades. São economia, mas são também identidade. Cultura que atravessa fronteiras, histórias que unem.
E não para por aí: criar também é inovar para cuidar do planeta. É imaginar tecnologias que respeitam a natureza, pensar produtos com menos impacto, transformar conhecimento em ação verde. Criatividade também é solução para a fome, para a pobreza, para as desigualdades.
Mas para que tudo isso aconteça, é preciso espaço. Investimento. Políticas que valorizem a cultura como bem público global, e não como ornamento. Precisamos, como diz a UNESCO, reformular o olhar sobre a criatividade, entendendo que ela é parte essencial de um futuro mais justo e sustentável.
Invente. Reinvente.
Pense diferente.


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