A Páscoa é mais do que um feriado: é um convite à reconciliação. A cruz não apenas perdoa, ela restaura. E o meu poema Filhos da Luz, inédito e profundamente inspirado nas Escrituras, nasce desse lugar — da consciência de que fomos feitos dignos não pelo que fizemos, mas por quem nos amou primeiro.
Filhos da Luz
Tu és a luz do mundo, e por ti somos luz
Trevas já não somos, do dia somos filhos
Por nós o teu sangue derramaste na cruz
Por tua obra, do céu nós fomos feitos dignos
Éramos carne e agora, nova criatura
De ferro não somos, justo é teu governo
Que nos dá paz por teu amor e tua ternura
Somos a tua carta e teu espírito o selo
Tu és a estrela da manhã, dá-nos teu brilho
Resplandeça em nós antes do dia raiar
Tu és de Deus o primogênito Filho
E, inscritos no céu com Ele vamos reinar
Uma nova identidade pela fé
“Tu és a luz do mundo, e por ti somos luz / Trevas já não somos, do dia somos filhos”
Esses versos anunciam o coração da mensagem da cruz: a troca da velha natureza pela nova criatura. O que antes era indignidade, torna-se luz. O que era culpa, torna-se herança. Aqui já vemos a expressão clara do traço Realizador em recurso, aquele que anseia por pertencimento e reconhecimento, mas que, ao encontrar sua identidade em Cristo, não precisa mais competir ou se provar. Ele simplesmente é — aceito, digno, restaurado.
A estrutura que acolhe e organiza
A métrica e a construção formal do poema também revelam o Realizador. Cada estrofe é moldada com propósito. Há harmonia entre os versos, coerência na mensagem e beleza na forma. Não há exagero, nem ausência — há equilíbrio. E esse equilíbrio nasce de uma fé que organiza a alma.
“Por tua obra, do céu nós fomos feitos dignos”
Não é o mérito que sustenta o Realizador aqui, é a graça. E isso o liberta.
O afeto que cura e entrega
Mas a redenção não se completa apenas com estrutura e dignidade. Ela se torna viva quando o amor é experimentado. E é aí que entra o traço Orador em recurso, visível na ternura de versos como:
“Que nos dá paz por teu amor e tua ternura”
O Orador em dor teme o abandono. Mas o Orador em fé sabe que foi adotado. Ele sente paz porque está seguro. Ele quer brilhar, não para ser visto, mas porque foi tocado pela luz:
“Tu és a estrela da manhã, dá-nos teu brilho / Resplandeça em nós antes do dia raiar”
O Orador aqui se entrega, se permite ser reflexo, deseja irradiar — não por carência, mas por plenitude. A obra da cruz cura suas feridas afetivas, e a fé se torna expressão de gratidão e adoração.
Selados para um novo propósito
“Somos a tua carta e teu espírito o selo”
Esse trecho carrega um símbolo precioso: somos mensagem viva, com um selo eterno. E aqui, discretamente, aparece o traço Estrategista — não em jogo de poder, mas em maturidade espiritual. Alguém que entende sua posição no Reino, que sabe que foi escolhido, selado, com propósito e missão.
A Cruz como Espaço de Integração
Filhos da Luz é uma oração em forma de poesia. Um canto de quem entendeu que a cruz não é o fim, mas o recomeço. De quem foi tocado na dignidade, curado nas emoções e reposicionado na missão. Um poema que revela traços no recurso — o Realizador que se sente digno sem competir, o Orador que se sente amado sem implorar, o Estrategista que serve com firmeza e humildade.
Nesta Páscoa, que essa luz brilhe em você. Que sua história seja escrita com paz, propósito e presença.
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Eu sou Camila Lourenço Covre, especialista em desenvolvimento humano e linguagem comportamental. Acredito que a comunicação é a chave para decifrar a alma humana e construir conexões mais profundas. Se você se interessa por esses temas, acompanhe meu trabalho no Instagram: @camilaslourenco.


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