Eles nunca irão embora, por muito que se espere e deseje rumo diferente, mas talvez oportunidade possa surgir para sonho ganhar real importante protagonismo, nem que apenas viva hora singular, onde amizades proibidas tenham suas fraternas dimensões. Bastará saltar o muro, com um dos efectivos lados em proibição a bem testemunhar calorosos abraços e sinceros afectos, seremos então bastante atrevidos, perante eles dados como ausentes, pois que nunca poderão controlar extensão toda de longo muro no seu enorme integral comprimento. Assim, continuaremos deveras sonhadores, aliás no sempre, enquanto barreira aquela ali existir, impedindo especial confraternização entre tantas pessoas, as quais pelos escolhidos momentos com aplaudido atrevimento, ocorrem em efusiva celebração, festiva por estilo nas saudações para quem está do lado outro, mesmo que familiar não seja. Todos somos dignos humanos seres e precisamos dessa irmandade, dando o nosso tempo quando for possível saltar alto muro, sonhando e vivendo nessas alturas, nunca demasiado intransponíveis, porque os instantes que mais importam são os tais, nem que apenas singular hora, onde apertos de mãos, fortes abraços e bonitos sorrisos afectuosos dizem tudo, por uma vivência com imensa dignidade, a qual sempre rejeita totalitarismos pelos constrangedores muros e privações reprovadas em conceito de sociedade justa. Enquanto não se verifica mudança decisiva no pleno já antes sonhado em diário contínuo, o inspirado escrever democrático não perde único dia que seja para bem se afirmar, inclusive quando múltiplos fraternos cumprimentos saltam muros, abaixo das violências repressoras ventanias, as quais eles não pretendem cessar, desconsiderando e muito nosso pacífico sonho, no qual tamanhas maldades nunca terão lugar. Mas como eles nas suas peles tão violentas nem sempre estão por perto, existe opção de antecipar o que mais se anseia pelo futuro, amizades sem fim, no respeito e consideração pelas diferenças, sem conflitos de quaisquer espécie, nem que tal ocorra por ora em singular hora, pois continuamos no belo insistir de sermos, perante bons e maus ventos, sonhadores atrevidos.
Luís Amorim, natural de Oeiras, Portugal, escreve poesia e prosa desde 2005. Tem já escritas cerca de 3400 histórias com 118 livros de ficção publicados, entre os quais, um primeiro em inglês, “Cinema I”, onde responde por 28 heterónimos (em prosa e poesia). Dos livros em prosa, constam vinte e oito da série “Contos”, “Terra Ausente”, “A Chegada do Papa” e dois livros de “Pensamentos”. Na poesia, igualmente diversas séries de livros têm alguns volumes, como “Mulheres”, “Tele-visões”, “Almas”, “Sombras”, “Sonhos”, “Fantasias”, “Senhoras” e o herói juvenil “Esquilo-branco”. Todos estas obras de poesia citadas, integram os designados contos poéticos, assim identificados pelo autor, aos quais se acrescentam “Lendas”, “Campeões”, “Músicas”, “Turismo”, “Palavras”, “Flores”, “27 Flores”, “Todas as Flores” e mais outros sete do universo “Flores”, onde este elemento surge em todos os enredos, como por exemplo “A ceia do bispo e outros contos poéticos”. A escrita também foi posta em narrativas poéticas, “Beatriz” (inspirada na personagem de “A Divina Comédia” de Dante Alighieri), “Paz”, “O Viajante”, “O Sino”, “A Sereia” e “O Mapa”, este com 3016 versos. Ainda a registar em poesia, “Refrões”, “Sonetos”, “Trovas” e quatro volumes de “Canções”. Dois livros foram publicados segunda vez, então com ilustrações de Paulo Pinto (“Almas”) e Liliana Maia (“Fantasias”). Tem ainda 11 livros de Crónicas e Biografias (incluindo 1 “Tempos de Oeiras”), 33 de Desporto, 1 de Art, 3 de Photos e 4 de Fotografia. Luís Amorim foi seleccionado por 473 vezes com contos, poemas e outros textos em concursos literários para antologias em livros, revistas e jornais em Portugal, Brasil, Suíça, Colômbia, EUA, Inglaterra e Bangladesh. É colunista da revista “Entre Poetas & Poesias” a partir de 2022 e integrante desde 2021 do Coletivo “Maldohorror”, onde histórias suas são publicadas em ambos os sítios, com regularidade. Desde Junho de 2024, escreve, edita e faz a revisão no jornal “A Voz de Paço de Arcos”, do qual também é o responsável pelo arquivo.
Sobre
Criada em 2020 pelo professor e poeta Renato Cardoso, a Revista Entre Poetas & Poesias é um periódico digital dedicado à valorização da literatura e da arte em suas múltiplas expressões. Mais que uma revista, é um espaço de conexão entre leitores e autores, entre a sensibilidade poética e a reflexão cotidiana.
Registrada sob o ISSN 2764-2402, a revista é totalmente eletrônica e acessível, com publicações regulares que abrangem poesia escrita e falada, crônicas, ensaios, entrevistas, ilustrações e outras formas de expressão artística. Seu objetivo é tornar a arte acessível, difundindo-a por todo o Brasil e além de suas fronteiras.
Com uma equipe formada por escritores de diferentes idades e áreas do conhecimento, buscamos sempre oferecer conteúdo de qualidade, promovendo o diálogo entre gerações e perspectivas diversas.
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