Aos 23 anos de idade o grande compositor Cazuza nos encanta cantando:
“Eu quero a sorte de um amor tranquilo
Com sabor de fruta mordida
Nós na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva
Ser teu pão, ser tua comida
Todo o amor que houver nesta vida
E algum trocado pra dar garantia…”
E quem não gostaria de ter a sorte de um amor tranquilo?!
A grande verdade é que todos nós queremos basicamente as mesmas coisas: Desejamos um grande amor, desejamos carinho, desejamos cumplicidade, desejamos alguém que cuide da gente, alguém que nos compreenda… Mas o que nós estamos fazendo para que isso ocorra? O que nós temos oferecido ao outro? O que temos oferecido a nós mesmos?
Parece que não temos nos esforçado muito… E os relacionamentos não têm sido construídos para durar… E assim disse o Sociólogo Polonês Zygmunt Bauman: “Vivemos tempos líquidos. Nada é para durar.”
Segundo Bauman, líquidos mudam de forma muito rapidamente, sob a menor pressão. Na verdade, são incapazes de manter a mesma forma por muito tempo. No atual estágio “líquido” da modernidade, os líquidos são deliberadamente impedidos de se solidificarem. Ou seja, o impulso de transgredir, de substituir, de acelerar a circulação de mercadorias rentáveis não dá ao fluxo uma oportunidade de abrandar, nem o tempo necessário para condensar e solidificar-se em formas estáveis, com uma maior expectativa de vida.
Mas daí, então, as pessoas se perguntam: onde estaria o segredo?! Será que devemos fazer tudo que o parceiro deseja sempre? Ou entrar na brincadeira de fingir quem se importa menos?
Regina Navarro Lins, Psicanalista e especialista em relacionamentos, acredita que o casamento convencional é uma instituição fadada à extinção. De todo modo, eu, Luiza Moura, penso que o amor e os relacionamentos devem estar para além dessas fórmulas prontas… Nem sumir, nem “grudar”… Nem excessos, nem faltas… Devemos aprender a ajustar as nossas bagagens de vida com as bagagens de vida do outro, aprender a ter um pouco mais de paciência e empatia… É necessário reciprocidade!
O professor doutor Clovis de Barros diz que o amor não se ganha só com um “Eu Te Amo”, e sim com atitudes, respeito e carinho!
Eu, particularmente ainda acredito em relacionamentos mais sólidos! Mas antes de qualquer coisa precisamos entender que a felicidade que buscamos começa onde raramente procuramos, ela está dentro de nós mesmos! Se quer mesmo encontrar o amor da sua vida, pare de iniciar as buscas pelo lado de fora! Esqueça as fórmulas rápidas, prontas e mágicas. Continue correndo atrás do amor, mas primeiramente corra atrás do seu amor próprio. Se cuide e se queira bem! É fundamental se amar antes de desejar que o outro te ame e, além disso, faz-se necessário estar disposto a compartilhar esse amor, lembrando sempre que ele não vem acompanhado com manual de instruções ou garantias e que talvez seja justamente esse mistério que o torne tão incrível e surpreendente!
(Esse texto é da minha própria autoria- Luiza Moura de Souza Azevedo).
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