Quase morri
De tristeza
Quando o desrespeito
Foi posto sobre a mesa
Quando morri De dor
Quando a alma nua
Percebeu o desamor
Quase morri
Ontem
Semana passada
Naquele dia
Anos atrás
Quase morri
Quando desejei não viver mais
Quase morri
Da falta de dinheiro
De solidão
De desespero
Quase morri
Quando vi que desejavam a minha morte
Quando com frio
Perdida, me vi a própria sorte
Quase morri
Quando portas fecharam
Bati, bati
Mas ignoraram
Quase morri
Com um gosto amargo na boca
Quase morri
Pensei que ficaria louca
Quase morri
Sabendo demais
Ampliando conhecimentos
Fiquei sem paz
Quase morri
Quando dei por mim e toda estrutura que me cerca
E por mais que eu fizesse
Nunca estaria certa
Quase morri
Quando enxerguei o sistema
Eu não me encaixo nele
Uma pena
Quase morri
De chorar
De sentir
Perdi o ar
Quase morri
Foram tantas vezes
Inúmeras, que já nem sei
Foram tantos quases
Tantas outras recomecei
Quase morri
Mas não fui
Pela fé
Pela teimosia
Sigo insistente
Resistindo com minha poesia.
Por Kathlyn Almeida


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