Cada vez mais aumenta cursos de nível superior nas ciências da saúde. É uma situação que devemos refletir enquanto usuários dos serviços de saúde. Ora, como vamos ser atendidos por profissionais que se possuir contato com pacientes será apenas no seu último ano de curso, quando não isento por possuir um curso técnico na área?
Expandir e fornecer educação na modalidade EaD casa bem com cursos de saúde? E o que ouvimos é “na prática se aprende! ” Praticar em um ser humano fragilizado em termos de saúde algo que não se viu antes em prática? Até onde é vantajoso como formadores estimular a adesão da modalidade para curso de graduação?
Outra situação é as aulas, que por se tratar de aulas gravadas muitas estão desatualizadas visto que resoluções de saúde, protocolos entre outras publicações vivem em constante atualização. “Flexibilidade” muitas vezes pode se tornar caro não em termos monetários e sim em uma vida, por imperícia, imprudência e até mesmo negligência, que ao ver do profissional é “normal”.
Entendemos que os cursos de saúde devem ter o contato precocemente com as atividades assistenciais, para unir o conhecimento teórico compartilhado pelo docente, e a prática vivenciada em laboratórios para estudar anatomia humana, bioquímica, fisiologia, histologia, semiologia e semiotécnica bem como as práticas em serviços de saúde. Imaginemos como avaliar um determinado sistema, exemplo o pulmonar, sem ter tocado em um tórax, sem ouvir sons respiratórios associando o patológico e o fisiológico. Como planejar um cuidado de algo que não se sabe diferenciar por falta de manejo e maturidade científica. E o pior, são estudantes que não possuem subsídios em todos os aspectos para receber a tríade da educação.
Como ficará nossos serviços de saúde? Podemos até projetar os serviços com profissionais sem saber analisar um exame, sem saber tomar uma decisão clínica, pois, a carência de conteúdo com qualidade durante a formação é fragilizada. É preocupante profissionais serem lançados no mercado sem uma robustez na formação em termos de vivência teórica e prática, quando falamos em prática estamos projetando uma habilidade desenvolvida com conhecimento científico para tal é necessário de fato instalar medidas para avaliar o risco-benefício desta modalidade especificamente nos cursos de saúde, onde o errar pode gerar danos irreversíveis ou até mesmo a morte.
(Esse texto é de Wanderson Farias, de Surubim- Pernambuco. Enfermeiro, Mestre e Doutor em Ciências da Educação, com Pós-doutorado em Educação e em Neurociências pela Logos University International, UniLogos. Especialista em Enfermagem Forense, Cardiologia, Auditoria em Serviços de Saúde. Atualmente estuda Especialização em Enfermagem em Urgência e Emergência. É membro do departamento de Neurociências e Comportamento Humano da Logos University International, UniLogos.)
“Participe também dessa coluna! Envie o seu texto (de desabafo ou reflexão) para o email Imsn_91@hotmail.com ou entre em contato pelo instagram @luiza.moura.ef. A sua voz precisa ser ouvida! Juntos temos mais força! Um abraço afetuoso e sintam-se desde já acolhidos!”- Luiza Moura.


Deixe um comentário