“Companhia”
O silêncio da madrugada é minha companhia
Faz-se à cada noite, um ser mais presente
Ouve meus lamentos numa triste agonia
Torna-se sem saber meu maior confidente!
Não ouço sons que pertubem meu escrever
Sobre o papel vazio, deslizo minhas mãos
Anseio expressar algo que não sei dizer
Quem sabe, talvez, revelar uma eterna solidão!
Olho as ruas desertas e nelas me reconheço
Através da vidraça, vejo meu próprio olhar
Sentimentos estranhos que em mim desconheço
Enclausuram meu ser e insistem em ficar!
Sou prisioneiro de algo maior do que eu
Que rasga e invade sem dó nem piedade
O dia amanhece, a noite adormeceu
Somente eu acordado, vivendo essa triste realidade!
Carlos Passarelli
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