João Rodrigues

Se morrer a poesia…

Se por tragédia morrer a poesia,
Murcham-se os jardins, secam-se as rosas.
As violetas, tão meigas, cheirosas
Não exalam perfumes ao raiar o dia.

Morre o poeta, e com ele a alegria.
Caem as estrelas, se dissipa a lua.
Calam-se todos os bandolins da rua;
Morrem os boêmios, morrendo a poesia.

Os violões em frente às janelas
Ficarão mudos, caem em nostalgia
E sofrerão em pranto as donzelas…

Aos quatro cantos choram em agonia.
Transformar-se-á o amor em mazelas.
Finda-se o mundo morrendo a poesia.

 

João Rodrigues

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João Rodrigues

Nascido em Riacho das Flores, Reriutaba-Ceará, João Rodrigues é graduado em Letras e pós-graduado em Língua Portuguesa pela Universidade Estácio de Sá – RJ, professor, revisor, cordelista, poeta e membro da Academia Ipuense de Letras, Ciências e Artes e da Academia Virtual de Letras António Aleixo. Escreve cordéis sobre super-heróis para o Núcleo de Pesquisa em Quadrinhos (NuPeQ) na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul.

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