Viver ou sobreviver?
No decorrer de um ano, ficamos pendentes de várias respostas e uma delas foi: viver ou sobreviver?
Para uma grande maioria da população, está indagação não faz sentido, mas a diferença existente entre viver ou sobreviver, está centralizada no espaço de um sistema que dificulta qualquer direito acessível de forma igualitária para todos. Estamos cercados por deveres bizarros e de concepção maliciosa propositalmente para produzir cidadãos apáticos e sem noções de direitos.
Na realidade, há um sentimento que não protagoniza cenas românticas ou poéticas, mas a ausência de informações e educação, pois a ignorância é a melhor forma de criar conservadorismo e preconceitos. Assim, a concretização de um distanciamento entre classes, tornar-se cada vez mais abissal, fazendo com que os mais desprovidos de recursos, desenvolvam a síndrome da subjugação e esta, se impregna de tal forma que ofusca qualquer possibilidade de raciocínio lógico para a atual conjuntura.
Todos temos a ciência que vivermos numa sociedade e por falar nela, não devemos nos esquecer que foi a partir da criação da mesma, que nos foi permitido vivermos em espaços comuns, onde hábitos, costumes e cultura, são calcadas no uso do estado, da nação e de todos os dispositivos para a perpetuação das regras base para o bem-estar-social.
Hoje, a realidade que vivemos só nos mostra a gravidade da ausência de direitos que possuímos e está evidência ficou muito mais clara com a pandemia que atravessamos.
Medidas preventivas simples já poderiam ser tomadas ao invés das chacotas ou dos descréditos dados ao quadro das contaminações e das mortalidades alcançadas.
Não podemos absorver a conotação de fúria que é proferida por discursos disfarçados de liberdade e exaltação à ineficiência de outros governos.
Cabe a todos nós não somar com a empáfia de pessoas que se clamam soberanos, pois somos sabedores que a arrogância é sinônimo de inferioridade ou melhor dizendo, da incompetência administrativa daqueles que deveriam lutar pelo bem-estar de todos. Por este motivo, chegamos a este triste cenário, que é o sinônimo das indecisões e das ausências de planejamento para a situação que enfrentamos. Por este motivo, entender quem é que está defendendo os nossos interesses, é fundamental para exigirmos os nossos direitos.
Marcos Pereira