Marcos Pereira

BRASIL, UM PAÍS DO FUTURO.

O título deste artigo foi proferido na década de 1960, auge da ditadura brasileira, momento no qual o apelo do governo era a exaltação do patriotismo e a promessa de combater com soluções rápidas as mazelas que o país enfrentava.

Apesar de passados 59 anos, ainda aguardamos as soluções prometidas pelo governo retrógrado.

Na realidade, hoje retornarmos ao mesmo slogan que evidencia claramente uma opção conservadora e restrita dos nossos direitos, gerando a questão, “quem pagará esta dívida?”.

A evidência desse pagamento está intrínseco no congelamento dos serviços básicos que o governo barganhou em troca de deixar a população às margens da linha da pobreza.

Conforme Marx diz, o governo necessita de um exército de reserva para satisfazer as necessidades das classes mais privilegiadas, e este exército vem dos desprovidos de direitos.

Infelizmente essa evidência não fica clara para a população que foi impregnada pelo slogan de um Brasil melhor; eles não conseguem deslumbrar que o pagamento desta conta será decorrente dos cortes realizados nas áreas de educação, saúde, previdência, infraestrutura e assistência social.

São essas ações que retiram qualquer possibilidade de crescimento da população, comprometendo em muito as gerações futuras.

O maior ponto deste retrocesso está fundamentado no ensino escolar. Esse corte inibe qualquer possibilidade de ascensão dos jovens, o nosso futuro. Assim, nos perguntamos: Que futuro nos espera?  Em qual patamar chegaremos com o atrofiamento do cidadão brasileiro?

Por incrível que pareça, as classes mais abastada chamam de futuro um país sem instrução, sem saúde, sem assistência, sem emprego e sem ideias concretas de evolução.

Um plano que foi manipulado minuciosamente para perdurar 20 anos, levando a população à maior subjugação possível, retirando por completo os direitos de uma geração que é notoriamente responsável pela transformação de toda nossa sociedade.

Marcos Pereira.  

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