Marcos Pereira

A LIBERDADE DE VIVER.

“Sonhar não custa nada”, já dizia a letra do samba. Será? Mas quanto vale abrir mãos dos nossos sonhos? Talvez, desistir da nossa própria essência.

Vivemos achando que ter sucesso e status, é sinônimo de nos sentirmos felizes e realizados. Mas, será que mensuramos o valor desse sonho?

Ao meu ver, os tempos mudaram, jovens abrem mãos de carreiras de sucesso para morar numa praia, outros para viajarem o mundo sem um tostão. Isso é sonho? Pode ser, mas ao meu ver, não.  Para mim, isso é vida e vida é sentir-se livre, sem redomas, sem amarras e correntes, é dizer não aos sonhos capitalistas que nos fazem prisioneiros de nós mesmos.

Nascemos sem nada, e somos ordenados a adquirir tudo para sermos felizes. Então, resta-nos a pensar: Devemos e temos que ver a vida pelos valores monetários que acumulamos? Para muitos sim, mas esses valores monetários que muitas vezes adquirimos, compram os valores da vida?

Todo o tempo vendemos aos outros, as nossas ilusões de felicidades, mas quando olhamos para nós mesmos e nos perguntamos: Eu sou feliz? Qual a resposta que esperamos ou que obtemos?

Passamos anos de nossas vidas sonhando. Porém, esquecemos de viver.

É disso que eu falo. A regeneração do seu próprio EU.

O que aprendemos com os movimentos de liberdade? Ao meu ver, nada.

Somos e continuamos sendo escravos de um regime desigual, onde o poder, a aparência e o status superam a nossa maior virtude. A nossa essência.

É muito triste essa nossa sina de sempre estar à procura de preencher o vazio que nós mesmos construímos. A ausência de liberdade de escolhas para desfrutarmos da vida.

 

Marcos Pereira

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