João Rodrigues

Esperança

Esperança

Quase meio século de vida vivi,
Confesso: não vi ano tão diferente.
De porta em porta, a Morte batendo;
O povo sofrendo e o Planeta doente.

O vírus mortal aterrorizando,
Rondando e matando sem ter piedade.
Um governo louco de burrice rara
Zombando da cara da sociedade.

Fechou-se aeroportos, os portos, fronteiras,
Portas e porteiras… E o povo trancado!
Até o mapa-múndi, com medo fechou-se
E refugiou-se num canto, dobrado.

Sem ter um velório, sem ter sentinela
Sem choro e sem vela, o morto solitário
Sem ter despedida, sem nenhum carinho
Fazendo sozinho seu itinerário.

A política, esta prosseguiu igual:
O vírus letal da corrupção
Seguiu destruindo e fazendo manobra,
Roubando o que sobra de nossa nação.

Não sei se eu grito, se rio ou se choro…
Por ora eu imploro a meus Deus clemente,
Que ao morrer o ano e o outro nascer,
Que ele venha a ser melhor… diferente.

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João Rodrigues

Nascido em Riacho das Flores, Reriutaba-Ceará, João Rodrigues é graduado em Letras e pós-graduado em Língua Portuguesa pela Universidade Estácio de Sá – RJ, professor, revisor, cordelista, poeta e membro da Academia Ipuense de Letras, Ciências e Artes e da Academia Virtual de Letras António Aleixo. Escreve cordéis sobre super-heróis para o Núcleo de Pesquisa em Quadrinhos (NuPeQ) na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul.

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