Giovanna Bayona

É sobre amar novos começos e vivenciar novos fins.

Eu sempre amei segunda- feira, tem gente que me chama de louca, mas não tem energia melhor do que no dia de segunda- feira. E no início de ano tem Janeiro, o mês das promessas de ano novo, das metas, mês dos recomeços, para mim Janeiro é uma super segunda- feira, essa energia de recomeço, de positividade é tão mágica, da pra sentir como a esperança fica bem ativa em todos nós nesse mês, mesmo quando estamos passando por dificuldades o nosso único pensamento é que vai passar, que vamos dar conta porque é só o começo do ano, tem muita água pra rolar ainda.

Todo Janeiro eu escrevo uma carta para mim ler em Dezembro, e quando chega o final do ano eu leio, só fico pensando como não consegui manter essa esperança dentro de mim durante o ano, pois geralmente nada do que eu escrevi aconteceu, talvez por falta de esforço, fé, e ás vezes fatores externos ( esse não tenho culpa) e vejo que tudo desandou no ano porque eu perdi esse combustível, essa potência que é acreditar em si mesmo e saber que o melhor virá porque você fará o melhor.

Na opinião dessa pessoa aqui que gosta de planejar, descobri que tem três motivos que podem atrapalhar a gente a perder esse gás de início de ano. Primeira coisa, planejamos demais. Eu amo planejar, fazer listinhas, porém ninguém nos avisou que nem sempre tudo acontece como planejamos, que as vezes acontece um fator chamado vida o qual ninguém prevê e muitas vezes faz com que tudo perca seu rumo. Planejamos coisas grandes porque tatuamos aquela frase dentro de nossas cabeças, “tudo só depende de você”, na teoria é lindo, mas isso só se aplica em uns 70%, o resto é só a gente lidando com o inesperado como podemos.

Segunda coisa: O ano novo está dentro de nós. Por que esperamos só Janeiro, ou nosso aniversário, ou uma segunda- feira qualquer pra recomeçar? Reconhecer o que é bom pra gente ou quais são nossos limites? Todo dia é um recomeço, somos seres evolutivos. Qual será o grande motivo de tanto medo de recomeçar? Começar algo novo na hora e no momento que quiser ou sentir precisão, isso não é ser uma pessoa sem constância, é apenas adaptação, é entender sobre quem é, quem deseja ser e como chegar lá.

Terceira coisa: Nunca deixe sua criança interior perdida, claro, não estou dizendo que você tem que tomar decisões imaturas, não ter responsabilidades, não é nada disso. Sabe aquele lado lúdico e positivo das coisas que só a criança tem? É sobre isso que estou falando, nós adultos nessa vida complexa do século XXI tendemos a ser realistas demais, seja por inteligência, ou por proteção, mas existe uma linha tênue entre realismo e pessimismo, ou seja são muitos obstáculos e nas nossas contas a gente acaba criando uma visão desfavorecida das coisas e muitas vezes já desistimos sem sequer tentar. Por este motivo, deixe sua criança viva dentro de você, converse com ela quando achar que não tem mais esperança, ou jeito para as coisas e irá perceber uma chama de fé acendendo de novo no seu coração.

Não sou nenhuma psicóloga, mas adoro dividir o que descubro nessa vida maluca, nem sempre minhas teorias são comprovadas, mas elas sempre me ajudam a chegar ao resultado final que eu desejo, por isso quis dividir com vocês, fica sendo os meus votos de um ótimo ano novo para todos nós, que em Dezembro você possa se orgulhar do seu eu em Janeiro que persistiu até o final para te dar gás e muita fé pra realizar e vivenciar coisas incríveis.

 

Fontes:

Imagem Destacada e Imagem Interna: Foto de Marko Klaric no Pexels- https://www.pexels.com/pt-br/foto/intencao-compromisso-consulta-arranjo-6408282/

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Giovanna Bayona

Giovanna Bayona escreve desde dos 16 anos para se encontrar e entender seus sentimentos, porém só com 22 anos se reconheceu como escritora e começou a divulgar suas crônicas e algumas poesias nas redes sociais, o que abriu portas para alguns projetos literários como a participação no quadro Saideira (2020) e no Sarau das Mulheres (2021) ambos no Canal Literaweb no Youtube. Possui participações em duas antologias da Editora Psiu e também participou da primeira edição da Coletânea Palavra em Ação da Editora Jornal Alecrim (2021). Agora também colunista da Revista Entre Poetas & Poesias pretende continuar expandindo sua escrita para todos que assim com ela são apaixonados por palavras.

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