Desabafos & DiscussõesLuiza Moura

Não levo desaforo para casa

Em algumas oportunidades nós insistimos em buscar um paliativo pitoresco e sem sentido, afirmando categoricamente que “eu não levo desaforo para casa”. Assim, fortalecidos por esse manancial imaginário e deslumbrante, nos consideramos o máximo diante dessa afirmação, nos colocando acima de qualquer suspeita. É como se acreditássemos que somos um ente superior com determinação, força e poder. No entanto, nós não conseguimos compreender as nossas próprias atitudes, e ao chegar em casa contamos sobre o desaforo aos parentes, depois aos amigos, vizinhos e ultimamente colocamos na internet, nas redes sociais.

Não temos consciência de estarmos recarregando o emocional negativo do desaforo em todos os lugares onde estamos. A aparente determinação de ser superior não levando desaforo para casa é apenas imaginação, e não a verdade, o que não deixa de ser a nossa realidade a nos enganar. Se, conseguirmos ter consciência daquilo que estamos falando, e deixarmos o passado no passado, essa afirmação será desconstruída por completo, e não mais carregaremos o desaforo na nossa bagagem. Com a controvérsia entre mostrar aos outros e realmente saber o que sentimos, essa frase soa falsamente nessa atitude de contar a todos quanto encontro pelo caminho, isso mostra que eu continuo apegado ao desaforo, sinto raiva novamente, recarrego a bateria, não me conformando com o acontecimento, com o indivíduo desaforento, levando o desaforo fortemente enraizado pela emoção para todos os lugares, não somente para a minha casa.

A mente desconhece os próprios limites, ficando completamente alheia ao trabalho dos componentes mentais e espirituais, pois ao contar os fatos do desaforo ela continua se emocionando como se estivesse acontecendo novamente, e, pasmem, para o cérebro e os componentes do corpo espiritual, nós o estamos revivendo com toda a intensidade emocional daquele momento do acontecimento, pois o cérebro e esses componentes não tem consciência de que estamos apenas relatando algo que aconteceu. Cientificamente já foi provado que o cérebro não diferencia quando estamos vivendo uma emoção porque algo está acontecendo, ou quando estamos pensando nesse mesmo fato revivendo-o emocionalmente, pois em ambos os casos, o pensamento é quem revive a emoção e o acontecimento. Assim, o desaforo continuará aumentando a nossa energia negativa.

A reação no momento de contar o fato em si, é imperceptível à consciência, considerando-a como uma vantagem, um desabafo, uma força que eu não tenho. A característica nesse momento serve muito mais para fortalecer a energia negativa do desaforo agregando mais emotividade de mesma intensidade ao relembrarmos do acontecimento. Portanto, logicamente, não é difícil compreender que não deixamos o desaforo no local do acontecimento, pois ele continua presente na nossa mente. Portanto, para melhorar ou piorar a nossa vida pessoal, tudo depende do presente para reavivar o passado, pois, este quando não é carregado por emotividade no presente, não tem influência alguma em nossa vida. Os acontecimentos do passado são iguais aos livros colocados nas prateleiras de uma biblioteca, não causam qualquer efeito emocional se não forem lidos e interpretados.

Não conseguiremos realizar qualquer mudança em nossa vida ao falarmos ou ouvirmos sobre coisas desagradáveis. Se você quer mudar a sua vida completamente, por estar descontente com a direção que está tomando neste momento, lembre apenas das coisas boas e agradáveis que aconteceram, converse sobre coisas alegres, amor, felicidade, prosperidade, qualquer assunto que eleve o seu astral e lhe deixe plenamente confortável com positivismo amplo. Aquilo que não é emocionalmente lembrado não tem força alguma. Ficar assistindo, falando ou ouvindo sobre negativismos, só vai atrair esses elementos em sua vida, pois essa será a sua fé, e toda fé tem força para se realizar. Portanto, se as coisas não estão boas em sua vida, é porque a sua fé esta distorcida para o negativismo. Reveja as suas teorias.
(trecho do livro: Dos Agregados ao Insight – volume II – R.Kovac)

(Esse texto é de R.Kovac, que nasceu no dia 10 de maio de 1948, na capital do Estado de São Paulo. Analista clínico, especialista em análises clínicas; Psicanalista. Descendente de austríaco, dinamarquês e português. Estudou esoterismo, espiritualidade, religiões orientais, ocultismo. Voltado aos fenômenos além corpo. Desde a infância sempre existiu a curiosidade nesses estudos e saber qual a finalidade da vida material. Principalmente, sobre o que existirá após a morte. Essas pesquisas sempre foram o ponto forte nos estudos pessoais e encontro de si mesmo.)

Participe também dessa coluna! Envie o seu texto (de desabafo ou reflexão) para o email lmsn_91@hotmail.com ou entre em contato pelo instagram @luiza.moura.ef. A sua voz precisa ser ouvida! Juntos temos mais força! Um grande abraço e sintam-se desde já acolhidos!
Luiza Moura.

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Luiza Moura

Luiza Moura de Souza Azevedo é de Feira de Santana. Enfermeira. Psicanalista e Hipnoterapeuta. Perita Judicial. Mestre em Psicologia e Intervenções em Saúde. Doutora Honoris Causa em Educação. PhD em Saúde Mental - Honoris Causa - IIBMRT - UDSLA (USA); Doutora Honoris Causa em Literatura pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos. Possui MBA em gestão de Pessoas e Liderança. Sexóloga; Especialista em Terapia de Casal: Abordagem Psicanalítica. Especialista em Saúde Pública. Especialista em Enfermagem do Trabalho. Especialista em Perícias Forenses. Especialista em Enfermagem Forense. Compositora e Produtora Fonográfica. Com cursos de Francês e Inglês avançados e Espanhol intermediário. Imortal da Academia de Letras do Brasil/Suíça. Acadêmica do Núcleo de Letras e Artes de Buenos Aires. Membro da Luminescence- Academia Francesa de Artes, letras e Cultura. Membro da Literarte- Associação Internacional de Escritores e Artistas. Publicou os livros: “A pequena Flor-de-Lis, o Beija-flor e o imenso amarElo” e "A Arte de Amar. Instagram: @luiza.moura.ef

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