Embora ainda possuindo imenso amor
Podemos nos acostumar
A viver sem o objeto de nosso sentimento…
Saudade adormece
O furor abranda
O misto de rancor e esperança
Esfacela-se
Em dor amena,
Aprendizado…
Distância, distância, distância
Lágrimas interiorizadas
De um grande amor…
Solidão…
…Comodismo que apaga lembranças…
(Livro Versos de Princesa prometida – 2015 – Michelle Carvalho)
Há alguns dias eu estava lendo um livro muito interessante, “Teatro em versos”, do escritor Carlos Nejar. Um livro que nos permeia sentimentos e nos faz estar dentro do teatro sem sair do lugar, visualizando em nossa mente cada peça de teatro narrada em versos, descobrindo as personagens e dando vida a cada ato ali descrito.
Em uma das peças vislumbrei um amor imensurável que ultrapassava todas as barreiras, até mesmo as impossíveis como a morte, em busca de estar junto do grande amor. Nem preciso dizer que flutuei com o findar daquela peça tão bem escrita…
Outra peça narrava o Brasil, seus habitantes, seu povo, suas riquezas e tantos questionamentos que me fizeram florescer a vontade de escrever esse texto.
Estamos próximos a um momento crucial em nossas vidas, às eleições. Todos que me conhecem sabem que não sou de levantar bandeiras, defender polos, porém todos sabem do meu amor pela minha profissão, pela Justiça, pelo Direito e pela cidadania que está em meu coração.
Esse livro que citei fala de tanto amor, amor humano, amor que transcende, amor que também deve ser demonstrado a nossa família, ao lugar que vivemos, lugar este que os que queremos bem também estão… Esse amor deve ser posto em prática através de um ato consciente e não por troca de miúdos.
Esse amor deve nos reger em tudo, na coragem, na verdade, na crença e na cidadania, buscando, acreditando na melhora, e para isso temos que pensar!
Queremos mudança?
Queremos mantença?
Essas perguntas cada um terá de responder para si primeiro, porque é dentro de nós que se inicia o caminho para fazer a diferença!
Para vermos algo diferente acontecendo precisamos ter ética, retidão, justiça e amor em todos os nossos atos, por menores que sejam.
Deixemos de lado a tão falada “Lei do Gerson” em que a vantagem tem de ser levada em tudo e por isso tantos e tantos cidadãos trocam seu voto por algo particular quando deve ser levado em consideração o coletivo, os projetos viáveis e as possibilidades de fazermos o melhor!
Será que nos acostumamos com tanta tristeza, falta de tudo em todas as cearas da vida pública, injustiça e corrupção?
Ah, isso é uma coisa que não dá pra se acostumar!
Mas essa atitude de fazer a diferença tem que ser colocada em prática dentro de cada um, externando-se em cada ato concreto, por menor que seja e principalmente nas escolhas!
Espero que algum dia a gente se acostume com uma sociedade diferente, sem comodismo, sem troca de favores eleitoreiros e que as lembranças de tantas lágrimas do povo sofrido sejam apagadas!
Michelle Carvalho
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