Altamir Lopes
Tendência

A Crise da Dona Educação – Parte 3

E a Dona Educação começou a meditar no “Além do óbvio” e refletir naquilo que a História havia lhe orientado: Buscar a Verdade.

Um insight clareava mais fortemente à medida que observava com mais atenção as notícias na TV. Nunca pareciam verossímeis ou verdadeiras. Começou a meditar: “Estaria eu diante de uma concorrente pedagógica?”

Lembrou que, na sua formação como professora, ouvira falar de uma pessoa um tanto quanto pseudoquestionadora – A Srtª Desinformação. Soubera que essa tal Senhorita não possuía origens e fontes confiáveis. Ou seja, ninguém sabia ao certo de onde essa moça viera e nem se o que falava aos quatro ventos era resultado de coletas de dados claros, reais e de confiança. Mas todos os parceiros discentes e docentes dos tempos acadêmicos da Dona Educação sabiam da intenção da rapariga: Criar problemas. E o pior, parecia que a quantidade de companheiras inseparáveis da Desinformação (Na época, esse grupo de elementos era conhecido como a Gangue do Engano) havia aumentado: Além da Mentira, falsidade, corrupção e dissimulação, um novo membro estava apoiando a desinformação: Uma parceira cheia de estrangeirismos e com nome e sobrenome, conhecida como Fake News.

Com isso em mente, começou a reavaliar aquele questionamento que perambulava em sua mente há anos: O que há de errado está em minha essência ou nas pessoas ao meu redor?

Tomou a grande decisão de sua vida: Foi buscar a resposta na raiz, nas origens de sua existência. Foi procurar o Mestre Equilíbrio.

Dona Educação já havia estudado um pouco sobre o Equilíbrio, mas a quantidade de informação que se exigira que ela absorvesse durante suas atividades acadêmicas a afastou do tema. Perdeu o Equilíbrio logo no começo dos seus estudos, exatamente quando permitiu que muito do que a Srtª Desinformação entrasse no seu rol de conhecimento, muitas vezes, se ao menos se apercebendo disso. Ficando confusa e um tanto indignada consigo mesma, acabava buscando mais informação, a qual por sua vez, nem sempre era tão confiável assim, obrigando a nossa heroína a se aprofundar mais e mais. Até perceber que já se encontrava além do fundo do poço do desconhecimento. Sim, o Equilíbrio parecia ser o começo e o tão sonhado derradeiro objetivo de tudo, no final das contas.

E na sua busca frenética (quase se afastando ainda mais do Equilíbrio) por todas as informações possíveis que pudessem ajudá-la a encontrar o Mestre, ela viajou o mundo inteiro. A Educação se mostrou presente por muitos anos em todas as Culturas, povos, línguas, e etnias. Mais anos se passavam e parecia que o Equilíbrio ficava mais distante dela.

E o pior: Todas as pessoas pareciam desequilibradas e perdendo suas identidades.  O que estava acontecendo? A esperança estava se transformando em ilusão (ou utopia).  A Alegria se converteu em Tolice. A Persistência virou Teimosia. Parecia que as identidades das pessoas estavam como que “trocadas”. O Mal virou Bem e o Bem virou Mal.

E o pior, a Dona Educação começava a perceber em si mesma uma transformação involuntária em algo que ele própria não conseguia identificar. Estaria ela se transformando em mera Ideologia? Conceito Abstrato? Ou simplesmente se tornando um mero Ponto de Vista?

Nos seus últimos minutos de sanidade, ela parou de olhar para os lados.

Parou de olhar para baixo.

Parou de olhar até mesmo para si.

Começou a olhar para Céu. Começou a olhar para algo que ainda não havia prestado atenção: A sua própria espiritualidade.

E encontrou respostas quando olhou para toda a criação. Sim, observou toda a criação.

E num relance de rápidas interconexões neurais, viu finalmente o que já lhe estava saltando os olhos.

O Equilíbrio estava bem ali na sua frente, o tempo todo. E fora, durante as eras, evidenciado pelo Criador de todas as coisas com os quatro atributos essenciais, plenamente interconectados em seus usos e atividades: Amor, Poder, Sabedoria e Justiça.

Sim, em cada partícula da criação – perfeitamente projetada – o equilíbrio essencial para a ordem de todo o universo é evidenciado pela forma magistral sobre como o Criador organizou os elementos essenciais a existência.

 

O PODER que gera energia e recursos na medida certa.

A JUSTIÇA que gera o intercâmbio entre as Leis Naturais imutáveis.

A SABEDORIA que traz a tona o conhecimento necessário para que tudo funcione.

E o AMOR que dá razão, motivo e função a tudo o que Existe.

 

E no afã da descoberta,  a própria Educação encontrou em si mesma o que parecia ser o ponto alto do Equilíbrio entre os quatro atributos essenciais, ao mesmo tempo que percebeu nessa descoberta os limites de sua influência, e concluiu, liricamente:

“As pessoas sejam elas quais e quantas tais…

Podem ser o que sejam ou ter o que terem…

As pessoas, cada uma delas,

Cujo raciocínio está em pleno funcionamento,

Receberam o ápice das dádivas em conjunção e em função dos quatro elementos essenciais.

Receberam aquilo que deveria ser usado com vistas no Bem comum e nas mais nobres virtudes eternas e fundamentais.

E por conta deste ápice, poderiam receber a Educação Divina Verdadeira ou Eliminá-la de suas próprias vidas.

Sim, uma das maiores dádivas dada aos seres inteligentes…Cada um de nós, recebemos. Sim, recebemos.

Dádiva que pode ser transformada na resposta para o que acreditamos ser nossa própria crise. E que na verdade, pode ser a raiz de todas as outras Crise.

O nosso LÍVRE-ARBÍTRIO.”

 

 

 

(TO BE CONTINUE?)

 

 

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Altamir Lopes

- Graduado em Gestão de Negócios, MBA em Gestão de Recursos Humanos, Orientador Educacional e de Carreira, Licenciando em Pedagogia e Pós-graduando em Neuropsicopedagogia. - Desenhista, formado pelo SENAC RJ. - Terapeuta Integrativo, Formado em Reflexoterapia, Quiropraxia e outras técnicas holísticas. - Palestrante, Instrutor de cursos gerenciais e Técnicos. - Mas acima de tudo, um servo do Deus vivente Jeová, Pai, marido e ser humano reflexivo. Na coluna que leva o meu nome, vamos nos encontrar para refletir sobre a arte da gestão de pessoas e relacionamentos. Nos meus textos, pretendo levantar questões e reflexões sobre a sociedade humana e seus meandros paradoxais e especialmente, a relação que cada um tem consigo mesmo por meio de textos em verso, prosa, crônicas, contos etc. E também publicarei na coluna RH - Resultados Humanos, artigos que tratam dos Resultados da ação Humana na História. Entrevistas com pessoas que fizeram acontecer e reflexões profundas também farão parte dessa coluna. De vez em quando, em quaisquer dessas colunas, vou publicar uma charge ou caricatura autoral...Espero que gostem.

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