Rabeca Sentida
Rabeca Sentida
Lira sertaneja
Tão linda graceja
Com tanta beleza
Suspiros de amor.
Oh Doce Morena,
Tão bela, serena,
Por que não tens pena
Do teu cantador?!
Nas noites eu canto
Meus versos de encanto
A quem amo tanto
Com grande paixão!
E a pálida lua
Tão triste flutua
Mostrando que é tua
A minha oblação.
Meu pobre cantar
Sentido a chorar
Por sempre te amar
Tão apaixonado…
E a tua incerteza
Me causa tristeza
Pois tua frieza
Me deixa abalado.
Oh Minha Donzela,
A vida era bela,
Perfeita aquarela,
Um doce cantar!
Agora tem sido
Um vão exprimido,
Um forte bramido
Das ondas do mar…
Meu canto, hoje em dia,
Perdeu euforia
É tanta agonia
Num triste carpir.
Lembrando que outrora
Nos raios d’aurora
Tão bela, sonora,
Ficava a sorrir.
Meu seio palpita
Por ti e crepita…
Oh Musa Maldita
D’infindo prazer!
E a noite derrama
Frieza na chama,
Condena quem ama
Sem fogo a viver.
Rabeca sentida
De dor, abatida,
Num som sem medida
De triste emoção.
Chora pela amada,
Tão desafinada
Na triste toada
Do seu coração.
Lira sertaneja
Tão linda graceja
Com tanta beleza
Suspiros de amor.
Oh Doce Morena,
Tão bela, serena,
Por que não tens pena
Do teu cantador?!
Ezequiel Alcântara Soares
__________________________________________________
Gostou? Então, siga e compartilhe nossas redes sociais.
Instagram: @revistaentrepoetas / @ezequiel_alcantara28
Facebook: facebook.com/revistaentrepoetasepoesias / facebook.com/ezequiel.alcantara.142