Desabafos & DiscussõesLuiza Moura

A árvore do medo

Em certa oportunidade, eu estava conversando com um amigo universitário e, em determinado momento ele disse que assistiu uma palestra na faculdade e o palestrante, muito bom, segundo ele, falava que o medo nos protege. Depois deu um exemplo: se você está na beira de um abismo e, não tiver medo, você pula. Eu lhe disse que isso era absurdo e que o medo prejudica a sua vida, e não ajuda em nada. Vamos considerar o medo como uma árvore. Cada um dos seus galhos é um tipo de medo diferente que a pessoa sente. Medo do escuro, de barata, de lugares fechados, e demais fobias.

Se eu quiser perder algum tipo de medo, posso fazer algumas coisas como terapia, ou qualquer outra forma possível. Isso é válido, claro, mas os demais galhos dessa árvore continuam em atividade e o medo que foi podado pode voltar mais intenso e forte, portanto, o ideal seria cortar todos os galhos dessa árvore. Muito bem, mas o problema ainda não está resolvido. Toda árvore tem um tronco e ele pode brotar novamente criando novos galhos. A árvore tem raiz, e enquanto ela estiver ativa tudo pode voltar novamente, então para eliminar o medo, precisamos arrancar a sua raiz, mas qual seria a raiz do medo?

Vamos avaliar rapidamente. Quando acontece alguma coisa desagradável em nossa vida, a emotividade do momento fica marcada e se estabelece como nosso incômodo pessoal. Mas, o acontecimento em si, não terá qualquer influência no futuro, pois quando estou num estado de plenitude espiritual, os acontecimentos em nossa vida pessoal nada significa além de ser passado. Cada vez que uma pessoa relembra o que aconteceu, ela revive o acontecimento, falando ou pensando, e age como se estivesse acontecendo novamente. O fato de lembrar do mesmo, não eliminará o problema psíquico, porque o corpo astral acumula a emotividade, e é essa forte emoção da imaginação quem comandará o nosso psiquismo, aumentando a sua intensidade cada vez mais ao relembrarmos dos fatos acumulados no corpo mental.

O acontecimento em si, não é a raiz do problema, pois nesse estado de plenitude espiritual, ele não terá qualquer influência em nossa vida pessoal, porque deixamos o passado, no passado, inclusive as emoções daquele momento. A raiz do problema é a imaginação, pois quando acontece alguma coisa, temos a ingrata ideia de que poderia ter sido pior e imaginamos o que poderia ter acontecido, sofremos intensamente com essa imaginação e isso nos causa problemas.

Esse adendo no acontecimento é a raiz da árvore do medo, pois vamos além do sentimento daquele momento desagradável e, segundo os cientistas, o cérebro e eu acrescento, os “componentes do corpo espiritual” não sabem a diferença entre estar acontecendo e estarmos pensando, imaginando, pois nestes dois casos nós sentimos e é este fato que incomoda e nos prejudica, muito mais que o acontecimento em si. Ouvi muitas pessoas relatando acontecimentos desagradáveis e o tanto que elas acrescentam considerando que poderia ter sido pior, além do fato em si, arregalam os olhos, tremem, suam, o corpo estremece, as palavras ficam atoladas de emotividade.

Quando acontece um problema sério em nossa vida, se ficarmos imaginando além de estarmos apavorados, não vamos nos libertar desse tipo de sentimento, mas acrescentaremos distorções ainda piores. O ideal após algo dessa natureza, ou no momento em que está acontecendo, é não imaginarmos nada além do sentimento daquele momento, pois imaginar o pior não vai mudar o que aconteceu. No caso do precipício, o medo nada resolve. Se a pessoa tiver consciência sobre o que vai acontecer se resolver pular, ela não vai saltar dentro do abismo. Precisamos ter bom senso diante dos momentos desagradáveis, assim como o temos diante dos agradáveis.
Trechos tirados da coleção Dos Agregados ao Insight – de R.Kovac (Lalartulogia – estudo dos espíritos)

(Esse texto é de R.Kovac, que nasceu no dia 10 de maio de 1948, na capital do Estado de São Paulo. Analista clínico, especialista em análises clínicas; Psicanalista. Descendente de austríaco, dinamarquês e português. Estudou esoterismo, espiritualidade, religiões orientais, ocultismo. Voltado aos fenômenos além corpo. Desde a infância sempre existiu a curiosidade nesses estudos e saber qual a finalidade da vida material. Principalmente, sobre o que existirá após a morte. Essas pesquisas sempre foram o ponto forte nos estudos pessoais e encontro de si mesmo.)

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Luiza Moura.

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Luiza Moura

Luiza Moura de Souza Azevedo é de Feira de Santana. Enfermeira. Psicanalista e Hipnoterapeuta. Perita Judicial. Mestre em Psicologia e Intervenções em Saúde. Doutora Honoris Causa em Educação. PhD em Saúde Mental - Honoris Causa - IIBMRT - UDSLA (USA); Doutora Honoris Causa em Literatura pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos. Possui MBA em gestão de Pessoas e Liderança. Sexóloga; Especialista em Terapia de Casal: Abordagem Psicanalítica. Especialista em Saúde Pública. Especialista em Enfermagem do Trabalho. Especialista em Perícias Forenses. Especialista em Enfermagem Forense. Compositora e Produtora Fonográfica. Com cursos de Francês e Inglês avançados e Espanhol intermediário. Imortal da Academia de Letras do Brasil/Suíça. Acadêmica do Núcleo de Letras e Artes de Buenos Aires. Membro da Luminescence- Academia Francesa de Artes, letras e Cultura. Membro da Literarte- Associação Internacional de Escritores e Artistas. Publicou os livros: “A pequena Flor-de-Lis, o Beija-flor e o imenso amarElo” e "A Arte de Amar. Instagram: @luiza.moura.ef

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