Céu-mar
Céu-mar
Céu-mar,
cintila minha mirada
em sua imensidão.
Perante sua majestade
sou tão pequenina,
que nenhum triste grão
da vasta areia fina
caberá em minh’ alma doce,
ainda menina.
Céu-mar,
de profundidade infinita,
quero em seu tom me perder
no desejo de me descobrir
com o espírito banhado,
tranquilo e suave,
em sua água divina.
E assim, também sentir-me
parte de ti, seu mar.
Céu-mar,
sua mescla azulada
dissolve toda minha inquietude
em forma de lágrimas salgadas
que a ti se unem.
Nesse instante sublime,
sinto a carinhosa brisa
secando minha úmida face
e me cobrindo de virtude.
Por Cleia Nascimento