Entrevista: Conheça o escritor Fabio Rodrigo

Na coluna “Entrevista”, a Revista Entre Poetas & Poesias vai apresentar uma série de entrevistas com artistas de diferentes cantos do mundo.

Conheça o escritor gonçalense Fabio Rodrigo

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Fábio Rodrigo Gomes da Costa é mestre em Estudos Linguísticos pela Universidade Estadual do Rio de janeiro (UERJ/FFP) e professor de Língua Portuguesa da rede estadual de educação. Além de poeta, escreve crônicas que abordam temas do cotidiano e sua relação com a língua portuguesa e que são publicadas semanalmente no jornal Daki e em sua coluna Pitadas literárias, do portal Diário da Poesia.

Em qual momento da vida você percebeu que tinha gosto pela escrita?

Desde muito jovem, me identifiquei com a leitura. Na escola, era frequentador assíduo da biblioteca e desenvolvi o hábito de ler. Percebi que tinha gosto pela escrita a partir do momento em que tive que me aprofundar nos textos literários. Quando cursei a faculdade de Letras, tive a oportunidade de conhecer diferentes escritores e correntes literárias e entender de fato a importância da literatura para a sociedade. A partir daí, me interessei em escrever poemas e passei a compreender a necessidade de me expressar por meio de versos. Até hoje, escrevo poemas. No entanto, tenho me dedicado mais à produção de crônicas em vista do meu compromisso com o jornal Daki e com o portal Diário da poesia.

O que te motiva a escrever? Que tipo de texto gosta de escrever?

O que me motiva a escrever é saber que o olhar do escritor é diferenciado, pois há muitas coisas que nos cercam que são imperceptíveis ao olhar comum e que somente o escritor é capaz de perceber.  Portanto, procuro desenvolver cada vez mais este outro olhar e permitir que quem leia os meus textos possa perceber que tudo na vida pode ser enxergado por diferentes ângulos, por diferentes pontos de vista. A crônica é meu gênero preferido, pois é através dela que consigo registrar minhas impressões do que vejo ao redor, do que presencio no dia a dia, do que leio nos jornais etc.

Quem é você artista? Quais os sonhos e metas?

Como artista, sei o quanto o escritor precisa estar atento a tudo o que está acontecendo e a tudo o que os outros escritores produzem. Pra mim, todo escritor tem que ser também um leitor. Acredito que, ao observar o olhar de outro escritor, podemos também aguçar ainda mais a nossa percepção de tudo. Apesar de já possuir um grande número de crônicas publicadas, ainda não tenho um livro publicado. Portanto, minha meta é publicar um livro de crônicas, no qual estarão reunidas minhas publicações feitas tanto no jornal Daki quanto no portal Diário da poesia. Meu sonho é fazer com que meus textos atinjam um grande público, contribuindo de alguma forma para que eu me torne um escritor bastante conhecido no meio literário.

O que espera atingir quando alguém lê os seus textos?

Quando alguém lê meus textos, o que eu espero é despertar no leitor o olhar crítico. Não que ele compartilhe comigo as minhas convicções e crenças mas que ele possa pensar, que ele possa refletir sobre a realidade. Entendo que todos nós, independente de sermos escritores ou não, devemos questionar a realidade e não reproduzir o discurso do senso comum. Devemos ampliar a nossa maneira de enxergar e não assumir como verdade absoluta o que nos chega por meio dos principais veículos de informação. Entendo que só poderemos viver em uma sociedade melhor quando formos cidadãos críticos, ou seja, quando soubermos nos posicionar sempre frente aos problemas existentes na sociedade e quando soubermos reivindicar melhores condições de vida para todos.

O que gosta de ler? O que recomenda? Por que?

O que eu mais gosto de ler são crônicas. Adoro os textos do Luis Fernando Verissimo e do Fernando Sabino. São meus cronistas preferidos. Recentemente adquiri um livro de crônicas do Lima Barreto, no qual o escritor retrata de forma bem crítica as transformações ocorridas na cidade do Rio de janeiro ao final do século XIX e início do século XX. Fiquei maravilhado com os textos e com os questionamentos feitos por Lima Barreto a respeito de tudo o que acontecia na época. Recomendo sempre a todos a leitura das obras de escritores brasileiros, pois eles contribuíram e contribuem muito para a presença marcante da nossa literatura no mundo.

No âmbito cultural, qual a função da arte na sociedade?

Entendo que a função da arte na sociedade não é o entretenimento. A arte é um instrumento capaz de provocar o outro, de instigá-lo a pensar, de fazê-lo reagir, de mudá-lo. A obra de arte não é algo que você consome e depois o descarta e esquece dele. Ela é feita para ser apreciada inúmeras vezes, deve estar sempre disponível para permitir que se produzam novas leituras, que se construam novos sentidos.

Qual o papel da leitura nos âmbitos escolar e familiar?

O papel da leitura não deve ser estimulado somente no âmbito escolar. É fundamental que os pais incentivem os filhos para o gosto da leitura. Sabemos que a leitura tem uma relação muito forte com o desenvolvimento intelectual de nossos jovens, portanto, como professor de língua portuguesa, entendo que o texto deve ter papel principal nas aulas de língua portuguesa. É somente através do texto que podemos desenvolver no aluno a competência comunicativa.

Planos para o futuro e forma de contato.

Em todas as minhas crônicas eu destaco algum aspecto linguístico a ser abordado com os alunos. Meu objetivo é que, por meio dos textos, os alunos possam entender melhor diferentes conteúdos ensinados nas aulas. Entendo que esta é a maneira mais prezerosa de conhecer a língua. Meu plano é divulgar meus textos a muitos professores e fazer com que eles possam utilizá-los nas aulas a fim de oferecer aos estudantes uma maneira diferente e agradável de ensinar a língua portuguesa. Para aqueles que queiram entrar em contato comigo, meu e-mail é fabiorodrigogc@yahoo.com.br e meu whatsapp é 999236877.