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Metamorfose(s)
Neste vasto jardim da vida vivemos mutações,
De lagarta à borboleta,
É uma questão de decisão.
Basta percebermos a brecha que a vida nos oferece
E aceitarmos entrar nesse processo de transformação.
Temos a chance de rastejarmos,
Temos o ensejo de darmos voos rasantes,
Não é mágica, nem ilusionismo,
É apenas um convite ao ápice
De uma metamorfose humana, constante.
Apesar do casulo nem sempre ser confortável,
É um momento de voltarmos a nós mesmos,
De refletir, de romper com os remotos conceitos
E de entrar nesse processo mutável.
Entre desconfortos e rupturas,
Cada dor nos ensina uma lição,
De que podemos ser quem nós somos:
Romper com o antigo ou deixá-lo,
Mas com um toque de evolução.
Como já dizia um antigo poeta:
“Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante”,
Pois o que vale ter sempre os mesmos convencimentos
E não se permitir ser melhor do que antes?!
O mais belo da vida é perceber essa ocasião:
De que num átimo de tempo nós temos a chance de mudar,
De encarar o novo, de deixar o ontem
E de se permitir entrar em uma transição.
Sim, uma transição constante…
Afinal, somos seres inacabados.
Somos seres em incansável construção,
Somos seres com repetidas comutações.
Que possamos viver em constante metamorfose,
Que possamos nos permitir a rastejar,
Que possamos depois, com novas asas, voar.
Que possamos nos tornar seres mutáveis,
Que possamos abdicar-nos de preconceitos
Das “verdades” que antes eram incontestáveis.
Que este poema lhe ajude a entrar em autorreflexão…
Permita-se adentrar em seu casulo,
Vasculhe, remexa-se, mude!
Desejo-lhe uma progressão!
Mas não fique muito tempo por lá,
Saia, fique diferente e voe!
Desfrute do mais belo jardim que a vida dá!
Karine Nunes
São Gonçalo, RJ.
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