FALA AÍ, JUVENTUDE!

Fala aí, Juventude! Crônica: “O vácuo da alma de um bêbado ” – Daniel Carqueja

— Fala aí, juventude! “Coluna destinada à publicação de textos de jovens escritores (até 18 anos). Então, se você é jovem e quiser ter seus textos publicados aqui no portal, basta enviar para: revistaentrepoetasepoesias@gmail.com (por favor colocar as devidas identificações).

O vácuo da alma de um bêbado

Os Bares estão cheios de almas vazias e o jovem Tarsilo conheceu o mais vazio deles.  Todos os dias ia para esse tal lugar vazio em busca de diversão e voltava para casa, causando angústia por onde passava.

O jovem Tarsilo era um rapaz do subúrbio de uma cidade no Rio de Janeiro. Sempre viveu com sua mãe, pois seus pais se separaram e o pai outrora havia se mudado para outro estado. Sua mãe passou por vários relacionamentos, todos muito bons aos olhos do pequenino, porém, um desses relacionamentos destruiu sua vida ainda tão pouco vivida. Este homem chamado Leonardo conheceu a mãe de Tarsilo via internet. Ele vivia no velho continente, então o único meio dos dois pombinhos apaixonados se verem era por vídeo conferência. Depois de um tempo, Leonardo veio de Portugal para visitá-los no intuito de passar um mês ali, porém decidiu ficar com a família. Os primeiros meses com o novo integrante da família foram divertidos, mas, logo depois, a vida de Tarsilo virou o inferno na terra. Leonardo mostrou que gostava de beber e beber muito — ficando cada vez mais agressivo. O primeiro incidente sério ocorreu quando a família seguia para o carro após a festa na casa de um parente. Na ocasião, Leonardo, conforme o de costume, havia bebido muito e, devido a isso, a mãe de Tarsilo cogitou dirigir. Como consequência, Leonardo se revelou extremamente bravo com a situação. Dessa forma, mandou todos entrarem no carro e começou a dirigir loucamente pelas ruas. E assim, pela primeira vez, o jovem Tarsilo soube o que é chegar próximo da morte.

Após algum tempo, a mãe de Tarsilo engravidou, porém os surtos de Leonardo não paravam; sempre mais agressivo, sempre mais bêbado. Não demorou muito e a pequena nasceu e os episódios dessas agressividades sem controle não cessaram. Até que um dia, houve a gota d’água. E o caso se deu assim:

Tarsilo estava no seu quarto quando Leonardo voltou do bar e se dirigiu até o quarto da mãe de Tarsilo e começou a xingar sem motivo algum aparente. E tudo isso aconteceu com a inocente bebê no quarto. Na sequência, uma explosão de cólera e o homem começou a destruir o berço da bebê. Tarsilo, ao ouvir aquilo, deu um urro de fúria, pegou a coisa mais próxima de si e foi confrontar o homem que já ultrapassava o limite do descontrole.  Por sorte, a mãe e o primo de Leonardo chegaram e o acalmaram.

Esse jovem garoto, que foi traumatizado por esse homem bêbado, pode ainda hoje ser encontrado em bares por aí.

Quantas pessoas esvaziam suas almas em lugares como esses bares e, logo depois, esvaziam a alma dos que estão ao seu redor? Será que você quer também ter sua alma esvaziada? Pense bem, seja dono da sua história.

Daniel L. Carqueja possui o olhar aguçado para os dramas humanos, embora reconheça a sua pouca idade. Ele quer compartilhar a sua experiência por meio da escrita.

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Erick Bernardes

A mesmice e a previsibilidade cotidiana estão na contramão do prazer de viver. Acredito que a rotina do homem moderno é a causadora do tédio. Por isso, sugiro que façamos algo novo sempre que pudermos: é bom surpreendermos alguém ou até presentearmos a nós mesmos com a atitude inesperada da leitura descompromissada. Importa (ao meu ver) sentirmos o gosto de “ser”; pormos uma pitadinha de sabor literário no tempero da nossa existência. Que tal uma poesia, um conto ou um romance? É esse o meu propósito, o saber por meio do sabor de que a literatura é capaz proporcionar. Como professor, escritor e palestrante tenho me dedicado a divulgar a cultura e a arte. Sou Mestre em Letras pela Faculdade de Formação de Professores da UERJ e componho para a Revista Entre Poetas e Poesias — e cujo objetivo é disseminar a arte pelo Brasil. Escrevo para o Jornal Daki: a notícia que interessa, sob a proposta de resgatar a memória da cidade sob a forma de crônicas literárias recheadas de aspectos poéticos. Além disso, tenho me dedicado com afinco a palestrar nas escolas e eventos culturais sobre o meu livro Panapaná: contos sombrios e o livro Cambada: crônicas de papa-goiabas, cujos textos buscam recontar o passado recente de forma quase fabular, valendo-me da ótica do entretenimento ficcional. Mergulhe no universo da leitura, leia as muitas histórias curiosas e divertidas escritas especialmente para você. Para quem queira entrar em contato comigo: ergalharti@hotmail.com e site: https://escritorerick.weebly.com/ ou meu celular\whatsapp: 98571-9114.

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2 Comentários

  1. Você escreve bem, Daniel. Seu texto prendeu minha atenção e está na medida certa. Aborda um tema grave e importante de forma enxuta e agradável.
    Aguardo novos textos.

  2. Filho,

    Esse seu texto é maravilhoso, pois você conseguiu trazer um sentimento não tão bom em cultura, parabéns!

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