Além
Olhando enaltecida o luar
Deparei-me perdida
Em tentativas vãs de tentar te esquecer…
Quero-te ainda mais
A cada minuto errante da minha vida
A cada pensamento alucinante
A cada lembrança desconcertante
És tu e mais ninguém
Sou tua e não hei de ir além,
Além de teus beijos
Além de teus braços
Além de teus olhos
Apenas minh`alma pra junto da tua.
Abro minha primeira postagem com o desejo contido de ir além, de ultrapassar as barreiras da minha porta, das minhas paredes, eis que hoje nada é mais importante do que a empatia e a luta pela sobrevivência.
Em uma atitude positiva e de grande empatia humana, paramos tudo que antes parecia essencial, tudo que dantes parecia não parar, jamais silenciado… o contínuo girar do mundo que transparecia ser cada vez mais célere e que faziam as horas do dia parecerem reduzidas, hoje retomam uma realidade totalmente diversa de tudo que já vivemos.
A ansiedade por termos uma infinidades de informações e tarefas que nos remoíam e não nos deixava dormir, sonhando acordados com um período de descanso. Um caos familiar onde filhos e pais não mais se encontravam por divergências de horários, tarefas e falta de tempo para olhar nos olhos.
Tempo que não cedíamos ao outro, tempo em que não nos doávamos a um abraço, a um toque, ao aperto de mão e hoje sentimos falta desse contato que os brasileiros transbordam.
O brasileiro é diferenciado de todos os povos… Eita povo acolhedor! Sorridente, caloroso, cativante, mas que hoje não pode ir além e vejo que pra nós isso é mais complicado do que para outros povos.
O contato físico nos faz humanos, nos faz agraciados, pois nele exalamos o amor! E quem diria que seria tão difícil para tantos entenderem, que nestes tempos, amar é não externar em carícias e sim se isolar socialmente para provar tal amor.
Em um mundo de controversos atos, turbulentos, torcidos, em que tudo hoje se torna contrario ao que jamais imaginamos, esperamos ir além dessa fase, desta etapa, e nos depararmos no futuro com a certeza de que de nada adianta termos um armário lotado de roupas caras, sapatos, relógios, carros e uma vida corrida em que desejamos dar conta de tudo, adoecendo sem nunca olhar o essencial…
Em tempo de uma doença mundial que assola a todo o planeta, onde essa grande esfera azul tem seus povos doentes e expostos, tal povo tem a possibilidade de curar-se de tantas dores internas e existenciais que vieram com a “escassez do tempo” ou com o “tubilhão de atividades”, doenças que não são contagiosas mas também crescem exorbitantemente…
Com a reclusão para o bem comum, cooperamos com o bem estar da natureza que deixa gradativamente de sofrer com as agruras e tormentas que todos a faziam sangrar a todo momento.
É tempo de dor, de medo, e, em meio ao um rodamoinho inverso, nos vemos em tempo de restauração, de união consubstancial da consciência humana onde não existem ricos ou pobres, negros ou brancos, todos estamos submetidos e somos frágeis ao mesmo impacto…SOMOS IGUAIS e, voltando às origens, após perdermos o que tínhamos e nem prestávamos a atenção, estamos reaprendendo que tudo o que mais precisamos é de graça e está tão próximo… nada além de beijos, abraços e olhos nos olhos para que as almas se unam em amor.
Michelle Carvalho
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Fonte:
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Belas e cativantes palavras em um momento oportuno. Que venham mais e mais.
Parabéns!
Obrigada meu amigo!