Luis Amorim

Alma tão alegre

Alma tão alegre

Alegre passava
Elegante vestia
E na pureza via
O ar que respirava
Sorrindo de face
Ao tempo que trace
Caminho de recordação
O hoje da percepção
Em como ao vento
Da brisa então
Era refresco atento
Cabelos sem mão
No controlo suficiente
Sem necessário pente
Esvoaçando alma
Naquela tarde calma.
Sol muito observava
Mas não interferia
Na alma que ouvia
Alguma ventania
No quase abraçava
Em ritmo que dava
Respiração pausada
Ao presente chegada
De trejeito admirada
Ainda bem saudada.
Mas tempo aquele
Vendo bela pele
Tudo serve recordada
Em como animada
Era alma tão alegre
Que hoje segue
Na hora atenta
Onde sempre pegue
Nela que se contenta
Ainda por tempo
Ausente de contratempo
Ou demais contrariedade
Longe em seriedade
Daquele momento
Um singular evento.
Era pois ao vento
Que ela caminhava
E brisa espalhava
Do contagiante olhava
Tão alegre sorrindo
Sol também seguindo
Passos seus conferindo
O demais povo atento
Virando rosto por lento
Para apreciar ao cento
Ou mais que se via
Em como se dizia
Bem feliz ela vestia
Alma pelo caminho
Que era colectivo
Nunca por sozinho
No admirar respectivo
Então na devida altura
Como agora na pura
Recordação por acesso
Sempre até passado
Jamais por excesso
Ou talvez um ditado
Plenamente justificado
Ao melhor predicado
A ela, no justo creditado
Tão alegre alma
Naquela tarde calma.

Fonte da imagem: Foto do Autor

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Luís Amorim

Luís Amorim, natural de Oeiras, Portugal, escreve poesia e prosa desde 2005. Tem já escritas cerca de 2800 histórias com 105 livros de ficção publicados, entre os quais, um primeiro em inglês, "Cinema I", onde responde por 28 heterónimos (em prosa e poesia). Dos livros em prosa, tem vinte e oito da série “Contos”, “Terra Ausente”, “A Chegada do Papa” e dois livros de “Pensamentos”. Na poesia, igualmente diversas séries de livros têm alguns volumes, como “Mulheres”, “Tele-visões”, “Almas”, “Sombras”, “Sonhos”, “Fantasias”, “Senhoras” e o herói juvenil “Esquilo-branco”. Todos estas obras de poesia citadas, integram os designados contos poéticos, assim identificados pelo autor, aos quais se acrescentam “Lendas”, “Campeões”, “Músicas”, “Turismo”, “Palavras”, "Flores", “27 Flores”, “Todas as Flores” e mais outros sete do universo “Flores”, onde este elemento surge em todos os enredos, como por exemplo “A ceia do bispo e outros contos poéticos”. A escrita também foi posta em narrativas poéticas, “Beatriz” (inspirada na personagem de "A Divina Comédia" de Dante Alighieri), “Paz”, “O Viajante”, “O Sino”, “A Sereia” e “O Mapa”, este com 3016 versos. Ainda a registar em poesia, “Refrões”, “Sonetos”, “Trovas” e quatro volumes de “Canções”. Dois livros foram publicados segunda vez, então com ilustrações de Paulo Pinto (“Almas”) e Liliana Maia (“Fantasias”). Luís Amorim foi seleccionado por 311 vezes com contos e poemas seus em concursos literários para antologias em livros, revistas e jornais em Portugal, Brasil, Suíça, Colômbia, EUA, Inglaterra e Bangladesh. É colunista da revista “Entre Poetas & Poesias” a partir de 2022 e integrante desde 2021 do Coletivo “Maldohorror”, onde histórias suas são publicadas em ambos os sítios, com regularidade. Tem igualmente publicados 32 livros de Desporto (Automobilismo, Hipismo, Futebol, Vela, Motociclismo) e 4 de Fotografia, o que somando aos 105 de ficção, perfaz um total de 141 livros publicados.

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