CENÁRIOS – PARTE 1
(Prólogo)
Este texto está sendo escrito no inicio de julho de 2020. No momento os veículos noticiosos e “pseudonoticiosos” direcionam a atenção do grande público para os efeitos do que é considerada a Pandemia do COVID-19, ou Coronavírus. No exato momento da escrita dessas linhas, uma das fontes entre as quais as pessoas mais recorrem em busca de informação a respeito do andamento da situação (Johns Hopkins University JHU) indica que já passamos dos onze milhões de casos confirmados e já foram ceifados mais de meio milhão de vidas em função dessa doença.
Há quem afirme que esses números representam apenas uma parcela da real situação. E para piorar, as disparidades em relação às informações e dados sobre a doença e o vírus em si parecem se demonstrar instáveis, inconstantes e – por vezes – duvidosas, gerando ainda mais insegurança não tão somente quanto aos meses à frente, mas até quanto ao dia seguinte…
E precisamos continuar a viver. E viver, hoje, mais do que nunca significa sobreviver – em cada tomada de fôlego onde a dúvida sobre a contaminação do ar que respiramos penetra em nossa mente antes de qualquer vírus. Dúvida sobre em que se toca, em quem se toca. E muita gente não se toca. Há que fica dentro da toca e os que saem da toca. E não se toca em outro tema.
O colapso não é iminente. Ele já começou há anos. Apenas nos acostumamos aos caos institucionalizado. Parece que algo ou alguém está nos preparando para o que estão chamando de o “novo normal”… Pois é. Era normal vermos crianças com infâncias furtadas, chefes de famílias humilhados, inocentes injustiçados e mentiras sendo honradas? Agora, vamos ter que nos acostumar com um mundo ainda mais contaminado, não por um vírus somente, mas com a clareza da incompetência da instituição social humana estabelecida?
Negativo? Pessimista? Irônico? Não.
Mas há uma guerra rolando, e não é contra o vírus. O vírus é somente um dos “inimigos”. Diz-se que a descoberta da vacina, soro ou tratamento eficazes contra ele é absolutamente fundamental para que tudo volte ao normal. Normal. O que seria o próximo “normal”?
Vamos analisar o primeiro cenário…
(Continua)
Imagem: Pixabay