Indubitável Ruína
Indubitável Ruína
“Eu sei. Entre minha alma e tua aurora
Murmura meu gelado coração.
Meu enredo morreu. Sou triste agora,
Estrela morta em noite de verão!”
Álvares de Azevedo
Oh Meu Anjo! A minh’alma, em abandono,
Perece neste vil céu nevoento…
O meu olhar tornou-se tão cinzento
E nesta vida, aos poucos, desmorono.
E assim, tal qual as pétalas d’Outono
Mirrando no langor do desalento,
Saindo do esplendor para o tormento,
Pendenrei também ao Infindo Sono.
A ânsia de viver não se sustenta,
Parece incapaz, sem uma saída,
Desta ruína atroz que se apresenta…
Mas tu podes curar esta ferida!
Musa, só teu carinho me acalenta…
Amar-te-ei enquanto tiver vida!
Ezequiel Alcântara Soares
Fonte da imagem: https://pixabay.com/pt/illustrations/aquarela-pintura-arte-efeito-4799196/
__________________________________________________
Gostou? Então, siga e compartilhe nossas redes sociais.
Instagram: @revistaentrepoetas / @ezequiel_alcantara28
Facebook: facebook.com/revistaentrepoetasepoesias / facebook.com/ezequiel.alcantara.142