Água aos saltos
Água aos saltos
Água aos saltos
Até pelos altos
Chegando molhada
Em brisa refrescada.
Pouca no início
Mas com indício
De certo agravamento
Na consequência seguinte
Com incerto vento
A ser testemunho ouvinte.
Muda de comportamento
Teria seu momento
Caso fosse antecipada
E com responsável dada
Que não teve verídica
Tez que nunca estica
Nem possui relógio
Com alarme de fio
Puxado enquanto hora
É tempo sem demora.
O temporal aí está
Com água que parece má
Talvez apenas reflexo
Do viver sem nexo
Que tudo pretende
E diverso não acende
Apenas catástrofe
Rejeitando estrofe
De água aos saltos
Onde os mais altos
Até recebem basaltos
E pedras diversas
Que remetem conversas
Para um fim próximo
Sem rabugento ânimo.
Mas pior o cenário
Que sai do armário
Pensado como a chave
Segura estaria a trave
De segurança desde cave
Que se revolta em tampa
Qual colectiva de campa
Do esgoto aos saltos
Onde os mais exaltos
São precisamente os altos
A colocarem outros saltos
Como molas caminhantes
E suportes de elefantes
Para ficarem seguros
Apesar dos escuros
Circundantes perseguindo
Naturalmente subindo
Aos saltos de águas
E tampas das ruas
Mais o que esteja
No perímetro que se veja.
Fonte da imagem: Foto do Autor