Três Fantasmas
Três Fantasmas
Havia três fantasmas caminhando
Dispersos, por uma cidade.
Cada um vagando pelo mundo
Sem saber aonde ir.
Um deles, pobre coitado, marginalizado.
Perambulava aos lamentos e gemidos,
Queria ser visto, porém calava-se,
Não era visto, nem ouvido.
Havia três fantasmas caminhando
Tristes, por uma cidade…
Outro deles era cheio de moral, fidalgo.
Tentava saciar seu ego, nunca saciava.
Queria sempre ser exaltado,
Porém, não queria enxergar os outros.
Havia três fantasmas caminhando
E, despercebidos, convergem
Num cruzamento de uma cidade…
Ali estava um mendigo e um engravatado
Frente a frente, ignorando um ao outro.
Perguntei insulado aos outros vultos,
Em leve sussurro, que foi levado aos ouvidos
Como as folhas outonais pelo vento:
“Onde nós três queremos chegar com medonhos corações?”
Refletimos e divergimos… Em diferentes direções.
Somos três fantasmas caminhando
Indecisos e confusos, cada qual em sua estrada.
Sem saber aonde ir…
Pois quando não se sabe amar,
Não se sabe aonde quer chegar.
Ezequiel Alcântara Soares
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