130 anos do nascimento de Oswald de Andrade, um dos idealizadores da Semana de Arte Moderna de 1922
A Semana de Arte Moderna de 1922 marcou a entrada definitiva da arte brasileira no Modernismo. Numa época em que a arte local passava por total influência do modo europeu de ver a arte, um grupo de artistas brasileiros se uniram e idealizaram a Semana de Arte Moderna.
Dentro deste grupo destaca-se Oswald de Andrade. Poeta, prosador, dramaturgo e jornalista, ele era conhecido pelo seu tom ácido, irônico, debochado e, acima de tudo, gozador. Militante político ferrenho, foi o idealizador dos principais manifestos modernistas.
Junto com a artista plástica Tarsila do Amaral, fundou o movimento antropofágico (movimento que marcou a primeira fase do modernismo, onde o ideal artístico era assimilar outras culturas, mas não copiá-las).
Oswald de Andrade nasceu em São Paulo, no dia 11 de janeiro de 1890. Filho único. Sofreu grande influência de um professor ginasial, quando o mesmo lhe disse que seria escritor.
Oswald estreia como jornalista em 1909 no Diário Popular. Dois anos depois cria e dirige sua própria revista “O Pirralho”. Ainda neste período, tem contato com o “Manifesto Futurista” de Marinetti.
Na poesia, Oswald de Andrade era crítico e irônico. Criticava a burguesia e a academia. Sem utopias, defendia defendia a valorização de nossas origens, do passado histórico-cultural, mas de forma crítica.
Mas a grande paixão de Oswald de Andrade foi a prosa, onde estreou em 1922 com o romance “Os Condenados”. Teve como principais obras: “As Memórias Sentimentais de João Miramar” (1924) e “Serafim Ponte Grande” (1933).
Já no teatro, estreou em 1916 com as peças “Leur Âme” e “Mon Coeur Balance“. Teve como principais obras no gênero: “O Homem e o Cavalo” (1934), “O Rei da Vela” (1937) e “A Morta” (1937).
Ainda no campo dos manifestos, Oswald de Andrade lançou em 18 de março de 1924, um dos mais importantes manifestos do Modernismo o Manifesto Pau-Brasil, publicado no Correio da Manhã. O grande marco deste período foi o lançamento do livro de poemas “Pau-Brasil” (livro este que contou com a ilustração de Tarsila do Amaral, com quem se casou tempos depois), onde apresenta uma literatura extremamente vinculada à realidade brasileira, a partir de uma redescoberta do Brasil.
Oswald de Andrade faleceu em São Paulo, no dia 22 de outubro de 1954.