Carnaval, uma droga necessária.

As vésperas da maior festa popular brasileira ou porque não falar do mundo? O povo começa a se agitar e se reorganizar. Deixam de lado as divergências políticas, religiosas e esportivas para se reunirem em torno de um bumbum paticubum prugurundum .

Então nos perguntamos, porque o carnaval faz tanto sucesso? Na realidade, este sucesso vem de uma batida tão popular, o bumbo. A verdadeira representação do coração da festa.

Fazendo uma similaridade com esta batida e que nos empolga tanto, podemos afirmar que esta batida e que nos faz reviver sentimentos inesquecíveis, transportando-nos até a nossa gestação, onde ficamos ouvindo o bumbum paticubum prugurundum do coração da nossa progenitora. Baseando-se nisso, podemos dizer que o carnaval está para nós como o coração está para nossa sobrevivência.

Não podemos afirmar que esta festa é exclusivamente nossa, até porque, é uma festa universal, mas universal num bom sentido. Como diz Caetano Veloso em sua canção, no Brasil o carnaval é diferente, pois não existe pecado do lado debaixo do equador e é por isso, que temos o melhor carnaval do mundo.

Pergunte a um estrangeiro o que eles acham do carnaval? Todos são unanimes em dizer: “é a oitava maravilha do mundo”. Assim, podemos afirmar que o carnaval é uma droga necessária e com efeitos colaterais de pura felicidade. Bem diferente do nosso cotidiano, onde nos falta tudo. Falta justiça, falta saúde, falta direitos, falta política social e faltam alguns pais não fazerem as vontades dos seus filhos.

É por isso que o carnaval se faz necessário sim, pois só ele nos faz driblar as nossas dificuldades do dia a dia.

Muitos dirão: “o carnaval é uma festa profana”, mas mais profano que vivemos no cotidiano existe?

Só uma festa desta proporção para mostrar ao povo que ele tem força e pode transformar o seu destino. Infelizmente, não podemos dizer que todos estejam ligados no mesmo proposito. Porém, podemos afirmar que o carnaval não é uma festa pagã, mas sim uma festa para eu, você ou qualquer um que queira ser feliz pelo menos em quatro dias dos trezentos e sessenta e cinco dias ano, extravasando toda sua frustação decorrente de uma droga que somos obrigados a ingerir sem obter um resultado eficaz.

Marcos Pereira

Niterói, 17/02/2019